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POLÍCIA

Acusados por chacina de Icoaraci vão a júri hoje

Quase três anos após a pior chacina de Icoaraci, onde seis adolescentes foram baleados e mortos, quando conversavam em frente a um prédio público, na rua Padre Júlio Maria, o clima de tensão e medo ronda o distrito. As testemunhas que presenciaram o fato

Quase três anos após a pior chacina de Icoaraci, onde seis adolescentes foram baleados e mortos, quando conversavam em frente a um prédio público, na rua Padre Júlio Maria, o clima de tensão e medo ronda o distrito. As testemunhas que presenciaram o fato têm medo de contar o que viram na noite de 19 de novembro de 2011. Anteriormente, o caso estava sendo julgado pela 3° Vara Penal Distrital de Icoaraci, mas com a repercussão do fato, os acusados serão levados a julgamento a partir de hoje, no Fórum Criminal de Belém.

“Esperamos que desta vez seja feita justiça neste caso. Devido o medo das testemunhas em falar o que viram, o processo não vai ser fácil. Nas outras audiências, aqui em Icoaraci, os comparsas dos acusados ficavam na frente do prédio, para intimidar as pessoas que iam depor. Os acusados do crime são perigosos, e conhecidos por cometerem vários crimes na Grande Belém. As pessoas tem medo de mexer com eles”, afirmou Ronald Luz, coordenador do Movimento de Paz e Direitos Humanos de Icoaraci.

De acordo com Ronald, apenas uma das pessoas que presenciaram o crime vai falar em juízo hoje. “Eles não estão contando com uma testemunha que topou falar o que viu naquela noite. Devido o perigo, já pedimos segurança para que a testemunha possa falar o que viu, sem medo de represálias”, explicou.

Rosivan Morais de Almeida, de 44 anos, ex-cabo da Polícia Militar é um dos acusados de ter participado da chacina. Em 2011, ele foi apontado como mentor e executor do crime. Na época, ele foi preso em frente à residência da mãe dele na 6° rua de Icoaraci, próximo ao local onde os adolescentes foram executados. Segundo informações, ele já foi acusado de ter envolvimento em outros crimes na Região Metropolitana de Belém.

Em fevereiro de 2008, o Rosivan foi preso com mais 22 pessoas, durante a operação Navalha na Carne, acusados de fazer parte de um grupo de extermínio. O acusado era lotado no 10° Batalhão da Policia Militar, sediado em, Icoaraci. Em 2005, ele foi expulso da corporação acusado de praticar atos ilícitos. Ele continua preso no presídio militar Anastácio das Neves, em Americano.

Antônio Bernardino da Costa, conhecido como ‘Negão do Moura’ foi acusado de ser o segundo homem envolvido na chacina. Por não ter provas suficientes, ele está esperando o julgamento em liberdade. Conforme testemunhas, Antônio também faria parte do mesmo grupo de extermínio que Rosivan. A motivação do crime até hoje não foi desvendada pela polícia, mas segundo informações, eles teriam matado os adolescentes errados, já que os verdadeiros alvos eram uns jovens que teriam assaltado a filha de um dos acusados.

Mesmo com o tempo, a saudade ainda permanece intensa nos parentes, que pedem por justiça no caso. “Os familiares dos adolescentes são de baixa renda, mas são famílias estruturadas. Se hoje tem alguém preso, é porque as famílias estão em cima e vão continuar lutando por justiça neste caso”, disse Ronald.

O crime aconteceu no dia 19 de novembro de 2011, por volta das 22h30. Gabriel Rodrigues, Lenilson Rodrigues e Samuel Rodrigues eram primos. Eles estavam indo à casa do avô pegar uma carteira de meia passagem, pois na manhã seguinte, levariam bolas pra vender na Praça da República, em Belém, quando encontram com Isacc Airton, João Paulo Viana e Paulo Victor, ficaram conversando e foram surpreendidos e assassinados. As vítimas tinham entre 14 e 17 anos.

Entenda o caso:

Na época, as testemunhas relataram que dois homens chegaram ao local em uma motocicleta. Eles se apresentaram ao grupo de jovens como policiais. Um dos supostos assassinos teria ordenado que os adolescentes colocassem as mãos na cabeça e ficassem ajoelhados de costa para rua. Em seguida, os acusados foram atirando nas vítimas.
Dos seis adolescentes, cinco não resistiram aos tiros e morreram no local. Um dos rapazes chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. Na fase de instrução -processual, a dupla acusada de cometer a chacina, negou envolvimento no crime.

(Diário do Pará)

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