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Parauapebas é o maior PIB do Pará

A mineração intensiva, que hoje faz do setor a locomotiva da economia paraense, está mudando de forma radical o cenário econômico do Pará e a sua realidade social, prenunciando para o Estado, em futuro próximo, um novo panorama geopolítico profundamente d

A mineração intensiva, que hoje faz do setor a locomotiva da economia paraense, está mudando de forma radical o cenário econômico do Pará e a sua realidade social, prenunciando para o Estado, em futuro próximo, um novo panorama geopolítico profundamente diferente do qual historicamente tem se apresentado a sua população. Prova dessas transformações está contida nos resultados do PIB (Produto Interno Bruto) de 2011 dos municípios paraenses, divulgados ontem pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, o Idesp.

Fundado há apenas 25 anos, Parauapebas, no sudeste do Pará, hoje com população pouco superior a 160 mil habitantes, já superou Belém, capital fundada há quase quatro séculos e cuja população é de cerca de 1,5 milhão de pessoas. Pela primeira vez na série histórica iniciada em 1999, Belém deixou de ocupar a primeira posição. Parauapebas, onde a Vale opera a maior mina de minério de ferro do planeta, alcançou um PIB de R$ 19,8 bilhões, enquanto Belém se contentou com R$ 19,6 bilhões.

Outro caso impressionante, a reforçar a constatação do peso avassalador que a mineração tem hoje no conjunto da economia paraense, é o de Canaã dos Carajás, onde a Vale já opera uma grande mina produtora de cobre (Sossego) e implanta o maior empreendimento de minério de ferro do planeta, o Projeto S11D, que deverá entrar em operação em 2017 produzindo, de início, quase 100 milhões de toneladas. Fundado há apenas 19 anos, Canaã dos Carajás já ocupa a sexta posição no ranking dos 10 municípios com maiores PIBs do Pará, superando municípios de tradição como Tucuruí, Santarém, Castanhal e Oriximiná.

Dez municípios somam mais de 69% da riqueza do Pará

Uma comparação entre os números do PIB de 2011 e os de 2010 mostra que os 10 maiores municípios aumentaram o valor a preço de mercado corrente, mas também a participação no PIB do Estado. Em 2010, a soma dos 10 municípios com maiores PIBs alcançou 53,8 bilhões, ou 69,18% do PIB estadual, de R$ 77,8 bilhões. Em posição muito modestaos outros 133 municípios somaram de PIB R$ 23,9 bilhões, ou 30,82% do total. Em 2011, segundo os dados do Idesp, os 10 maiores somaram R$ 61,5 bilhões, o que corresponde a 69,69% do PIB estadual, cujo resultado foi de R$ 88,3 bilhões. Os outros 133 municípios – Mojuí dos Campos não entra ainda nesses cálculos – somaram R$ 26,7 bilhões, ou 30,31% do total, coma ascensão de Oriximiná à lista dos 10 maiores em 2011. De fora no ano anterior, ele barrou o município de Paragominas, que ficou de fora nos dados de 2011.

Municípios mineradores disparam no PIB

Os resultados do Produto Interno Bruto dos 10 maiores municípios do Pará, a preço de mercado corrente, mostram que cinco deles abrigam atividades de mineração, sejam na forma de indústria extrativa ou de transformação. Quando a análise é feita sobre os números do PIB per capita, nos quais são levadas em conta as dimensões econômica e demográfica, observa-se que são oito os municípios que abrigam atividades minerárias, incluindo Barcarena, com o seu florescente polo industrial de transformação.

Um dado que chama a atenção nos números do PIB per capita dos municípios é a perda de importância relativa de Belém, quando comparada com o gigantismo dos principais municípios mineradores. A capital, que ocupava a oitava posição em 2010, desceu dois degraus e aparece nos resultados de 2011 no décimo lugar entre os dez maiores. Mas, ainda assim, com números bem modestos, apenas ligeiramente acima do PIB per capita médio estadual (R$ 14.027 contra R$ 11..494) e humilhantemente abaixo de Parauapebas e Canaã dos Carajás, para não citar outros.

E para que não pairem dúvidas sobre a importância do setor mineral na geração e composição da riqueza, as duas primeiras posições do PIB per capita no Pará são ocupadas por municípios mineradores. Parauapebas, o líder do ranking, tem PIB per capita de 124.181 e Canaã dos Carajás, de R$ 107.132, segundo os dados de 2011.

Para que se tenha ideia do que representam estes valores, basta dizer que o PIB per capita do Estado, no mesmo ano, foi de R$ 11.494. Ou seja, um valor quase onze vezes menor que os dos dois primeiros.

Parauapebas e Canaã dos Carajás não se destacam, porém, apenas dentro do Estado, mas já brilham também no espaço estelar do PIB per capita brasileiro, ambos superando diversas capitais e grandes cidades, mesmo das regiões mais ricas e desenvolvidas do país, como o Sul e o Sudeste.

No ranking nacional, Parauapebas ocupa a 14ª posição, segundo dados divulgados também ontem pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na mesma lista, Canaã dos Carajás aparece na honrosa vigésima colocação.

No outro extremo, onde se relacionam os municípios com menor PIB per capita do Pará, o destaque negativo fica com a Ilha do Marajó, região do Estado fadada aparentemente a brilhar no mapa geopolítico do Brasil pelos maus indicadores econômicos e sociais. O arquipélago marajoara, que abriga o município brasileiro – Melgaço – com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, agora aparece também, por meio de Curralinho, com o menor PIB per capita entre os 5.565 municípios brasileiros.

Mais triste ainda é constatar que Curralinho não é um caso isolado, como não era Melgaço quando apareceu em último lugar do Brasil em IDH. Os números do PIB per capita de 2011 mostram que, dos dez menores municípios com população mais pobre do Pará, sete estão exatamente no arquipélago marajoara, hoje reconhecidamente a região mais carente não apenas do Pará, mas do Brasil.

(Diário do Pará)

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