Onça deixa moradores de núcleo urbano em alerta

O clima é de tensão no Núcleo Urbano da Serra dos Carajás, município de Parauapebas. A Gerência de Administração e Serviços Urbanos, responsável pela área, enviou comunicado aos moradores confirmando que a ronda preventiva realizada diariamente pela equipe da Segurança Ambiental detectou, na manhã de ontem, a presença de uma onça pintada no Núcleo Urbano de Carajás, à altura da rua Tapajós.

Por telefone, uma moradora da aérea, mãe de três filhos, que pediu para não ser identificada, disse que os moradores sempre são orientados a tomar algumas precauções, mesmo quando não há alerta de animais, porque o risco sempre existe, principalmente para quem tem crianças pequenas.

“O local já foi mapeado e, no momento, os guardas florestais realizam os procedimentos para captura ou recondução do animal para a floresta. O trabalho conta com o apoio de equipe do Parque Zoobotânico Vale”, diz trecho do comunicado da Gerência de Administração e Serviços Urbanos, contratada para fazer a segurança em Carajás.

Além disso, o órgão municipal solicita que, até a situação ser normalizada, os moradores evitem fazer caminhadas nas áreas próximas aos bosques e também orientem familiares e prestadores de serviços para que façam o mesmo. “Pedimos que mantenham as crianças em casa até que seja liberado novo comunicado informando a captura ou afastamento do animal”, diz outro trecho do comunicado.

Por fim, a Gerência de Administração e Serviços Urbanos pede que, caso alguém aviste algum felino na região, entre em contato imediatamente com a equipe de segurança pelo fone (94) 3327-4710) e informe o local, ponto de referência, horário e características do animal avistado. “Nunca entre na floresta sozinho, para evitar acidentes com animais silvestres e para garantir a sua integridade física e de seus familiares”, finaliza a nota.

Ataques

O primeiro e único ataque de onça registrado no núcleo urbano de Serra dos Carajás ocorreu em 1992.

Depois disso, em 2011, a funcionária de uma empresa terceirizada da Vale sofreu outro ataque, mas numa área de mina, já distante do perímetro urbano. A vigilância é sempre constante no local para evitar que ataques ocorram.

(Diário do Pará)