Acusada de matar empresária é presa em Salinas

Mirlene Mara Lima Corrêa, 26 anos, foi transferida, nesta sexta-feira (22), para o presídio do Centro de Recuperação Feminino, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. Ela foi presa ontem (21), em Salinópolis, nordeste do Pará, acusada de cometer crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

Com mandado de prisão decretado pela Justiça, Mirlene foi localizada por uma equipe da Divisão de Homicídios de Belém, por volta de 17h30, quando caminhava perto do Mercado Municipal, no bairro Porto Grande. Em depoimento, a mulher confessou a autoria da morte da empresária Ana Célia Algaranhar Gonçalves, 60 anos, em 13 de agosto deste ano. O crime ocorreu no interior da pousada “Cabaninha”, de propriedade da vítima, em Salinópolis.

Ao ser presa, os policiais civis recuperaram objetos roubados do local do crime e apreenderam um facão usado no latrocínio.

Os policiais investigavam o paradeiro da acusada desde terça-feira passada até encontrá-la no final da tarde de ontem. O delegado apurou que a acusada estava hospedada em um dos quartos da pousada, que havia alugado por um período de um mês. Os quartos do estabelecimento ficam em um área anexa à sede da pousada, por isso, a acusada tinha cópia da chave do quarto, onde tinha acesso livremente.

Na época do crime, a vítima havia viajado para Belém para passar três dias com a família, que mora na capital. A empresária morava sozinha em Salinópolis, onde era dona também de um box no Mercado Municipal. “Ela trabalhava pela manhã, no box, e à noite ficava na pousada”, explica o delegado.

A mulher contou, em depoimento, que, por volta de 21h do último dia 13, após chegar de viagem, Ana Célia foi até a pousada e ali teria flagrado Mirlene Corrêa fazendo um churrasco dentro do quarto alugado. Assim, a empresária teria reclamado por causa da fumaça gerada pelo churrasco dentro da pousada, situada na alameda Bittencourt, em Salinópolis. As duas tiveram uma discussão, e, em seguida, a vítima foi para o interior da sede da pousada.

Em sua versão dada em depoimento, Mirlene alegou que se sentiu humilhada e, dessa forma, armou-se com um facão e foi atrás da vítima, que foi atacada enquanto tomava banho. Depois do crime, a acusada saqueou diversos objetos da casa, como televisor, aparelho de DVD, tênis, ferro elétrico, entre outros. Em seguida, ela fechou a pousada e fugiu do local.

O corpo da vítima foi encontrado já estado de decomposição, depois que o marido tentou falar por telefone com a empresária. Foi ele quem acionou a Polícia, que passou a investigar o crime. Primeiramente, a equipe policial conseguiu uma testemunha que viu a mulher que estava hospedada na pousada, até então, a única suspeita do crime. Um retrato-falado foi confeccionado.

A pousada não tinha qualquer registro do nome da hóspede, o que dificultou o trabalho investigativo. Durante os levantamentos, os policiais chegaram ao nome da acusada, que morava na localidade de Vila Cuiarana, situada na rodovia de acesso à Salinópolis. Com base nas provas, o delegado conseguiu, junto à Justiça, a decretação do mandado de prisão e do mandado de busca e apreensão na casa da acusada.

Ao ser presa, Mirlene portava uma mochila dentro da qual havia três facas. Na casa dela, os policiais apreenderam um terçado, provavelmente a arma do crime, e objetos saqueados da pousada. Conforme o delegado, as investigações continuam, já que há suspeitas de que um homem tenha ajudado a acusada na fuga.

(DOL com informações da Polícia Civil)