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Jader cobra novamente derrocamento de pedral

"É muita embromação”, disse ontem, em Brasília, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), referindo-se às obras do trecho conhecido como Pedral do Lourenço, cujo derrocamento, ou seja, a retirada das pedras, vai possibilitar a navegação de um trecho de quase 50

"É muita embromação”, disse ontem, em Brasília, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), referindo-se às obras do trecho conhecido como Pedral do Lourenço, cujo derrocamento, ou seja, a retirada das pedras, vai possibilitar a navegação de um trecho de quase 500 quilômetros - de Marabá até Vila do Conde, em Barcarena. O senador, em ofício, reiterou o pedido de informações sobre o assunto ao ministro dos Transportes, César Borges.

Desde o dia 30 de abril deste ano, o senador paraense pede informações oficiais sobre as obras, haja vista as notícias contraditórias da mineradora responsável pela obra e do DNit (Departamento Nacional de Infraestrutura), a autarquia responsável pelo sistema de transportes rodoviário, aquaviário e ferroviário do Brasil.

O governo federal incluiu a obra no PAC como prioridade depois da conclusão das eclusas da Hidrelétrica de Tucuruí e da ampliação do Porto de Vila do Conde. “As obras foram retiradas do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, sob o pretexto de que seriam feitos novos estudos a partir de um grupo de trabalho. Quando eu descobri isso, pedi esclarecimento à ministra Mírian Belchior, do Planejamento, Orçamento e Gestão. As obras saíram do PAC, voltaram para a Vale, para que fossem feitos estudos no processo de licitação. A Vale garantiu que o documento seria entregue em 30 dias, e aí o DNit afirmou que, caso a mineradora cumprisse o prometido, a licitação seria feita em maio deste ano. Já estamos em outubro e não saiu nada”, disse o senador.

Jader lembrou que, como o derrocamento não saiu do papel, as eclusas são inúteis e a instalação da Alpa (Aço Laminados do Pará) está inviabilizada. A navegabilidade na hidrovia seria a garantia de barateamento nos custos de transportes, porque tornaria possível a operação de navios de grande porte. “Essa obra do derrocamento passa de mão em mão e nada se faz. Já passou pela Vale, depois foi para a Marinha, já tem um fórum para discutir o assunto, a Universidade Federal do Pará já fez estudos... quer dizer, se o governo quiser fazer, é só determinar. Já existem estudos suficientes, mas, para minha surpresa, agora o governo quer incluir novos estudos da Universidade Federal do Paraná, para retificar o projeto da Universidade Federal do Pará. Aí é que as obras não vão ter data para começar. Isso é muita lambança”.

Urgência

Jader encerra seu ofício ao ministro com pedido de “urgente esclarecimento, na forma republicana dos governos democráticos de direito, sobre a situação do derrocamento do Pedral do Lourenço, tanto do ponto de vista técnico - considerando os estudos da Vale, da Universidade Federal do Pará e da Universidade Federal do Paraná – como sob o ponto de vista administrativo, inclusive o processo licitatório, que se encontra até o momento em interminável compasso de espera, esclarecimentos estes que o governo federal, por meio do Ministério da Justiça e do DNit, estão a dever ao povo do Pará.

Diferenças de estudo

Especialistas do Curso de Engenharia Naval da Universidade Federal do Pará apresentaram estudos sobre o tema no I Fórum de Trabalho da Frente Parlamentar de Navegação e Portos no Pará, em setembro passado. Algumas discordâncias foram destacadas sobre a forma, custos e abordagem do tema entre os estudos da Universidade, os da Vale e ainda as recomendações do Ministério da Marinha, o que tem proporcionado mais demora no início das obras:

- Os projetos da Universidade Federal do Pará seguem uma metodologia específica para navegação fluvial, enquanto os da Vale e da Marinha seguem metodologia apropriada para empreendimentos marítimos;

- Quanto à largura do canal em sua parta mais estreita, a UFPA projeta 70 metros, enquanto a Vale estima em 140 metros.

- Quanto aos custos, o projeto da UFPA para as obras do derrocamento do Pedral do Lourenço seria em torno de 400 milhões de reais e o da Vale, em torno de 1 bilhão e 300 milhões de reais, ou seja, uma diferença três vezes maior.

(Diário do Pará)

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