A Companhia de Saneamento do Estado do Pará (Cosanpa) responde pelos serviços de saneamento básico dos três municípios paraenses posicionados entre os últimos na pesquisa do Instituto Terra Brasil, divulgada ontem, baseando-se em indicadores como atendimento total de água, investimentos feitos no ano, receita do município, ligações que faltam para a universalização e perda de água, considerando roubo, desperdício e vazamentos.
O Estado do Pará tem três municípios entre os piores do Brasil no levantamento do Instituto Terra Brasil sobre os 100 municípios com melhores condições de saneamento básico: Belém, Santarém e Ananindeua.
O estudo, desenvolvido pela entidade desde 2007, foi elaborado em parceria com a consultoria especializada GO Associados e se baseia principalmente em dados de 2011 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), do Ministério das Cidades.
Ananindeua, localizado na Região Metropolitana de Belém, ostenta o último lugar da lista, com o pior índice nacional em saneamento básico. Santarém é o penúltimo, em 99º lugar, e Belém está na 96ª posição do ranking. Todos têm em comum o fato de que a Cosanpa, órgão estadual, responde pelos serviços de saneamento básico. Somente na capital, a companhia divide a responsabilidade com a Saaeb.
Ex-prefeito faz críticas à Cosanpa
Ex-prefeito de Ananindeua e atual presidente da Federação das Associações de Municípios do Pará (Famep), Helder Barbalho criticou a desatenção da Cosanpa e culpou diretamente a companhia pelos índices vergonhosos apontados no levantamento. “Fui prefeito de Ananindeua por oito anos e reivindiquei inúmeras vezes que a Cosanpa dedicasse maior atenção e investisse mais no município, um dos mais populosos e carentes do Estado. Sabemos das limitações e da precarização dos serviços da Cosanpa, mas o que a companhia faz com cidades como Ananindeua é de uma brutal irresponsabilidade”, disse Helder.
Segundo ele, à frente das ações e lutas da Famep, tem procurado contribuir para que as prefeituras possam cobrar serviços mais eficientes por parte da companhia. Ele observou, ainda, que o governo do Estado deveria se preocupar mais com a baixa qualidade dos serviços que oferece às populações do interior.
(Diário do Pará)
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