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Investigação poderá ser federalizada

Os deputados paraenses Cláudio Puty (PT), Giovanni Queiroz (PDT) e Josué Bengtson (PTB) decidiram pedir a federalização das investigações sobre o assassinato do tratorista Welbert Cabral Costa, ocorrida na fazenda Vale do Triunfo, pertencente ao Grupo San

Os deputados paraenses Cláudio Puty (PT), Giovanni Queiroz (PDT) e Josué Bengtson (PTB) decidiram pedir a federalização das investigações sobre o assassinato do tratorista Welbert Cabral Costa, ocorrida na fazenda Vale do Triunfo, pertencente ao Grupo Santa Bárbara, empresa ligada ao Grupo Opportunity, que tem entre os acionistas o banqueiro Daniel Dantas.

Os parlamentares tiveram acesso ao inquérito da Polícia Civil do Pará e se reuniram, na última quarta, 18, em São Félix do Xingu, com parentes das vítimas, trabalhadores rurais e vereadores de São Félix do Xingu, que fizeram novas denúncias.

O tratorista, de 26 anos, foi morto com um tiro na nuca na fazenda Vale do Triunfo. O crime ocorreu no dia 24 de julho, mas seu corpo só foi encontrado em agosto. Dois funcionários da fazenda foram presos, acusados de assassinato e ocultação de cadáver. Um deles confessou o crime e alegou legítima defesa.

Welbert teria ido à fazenda para cobrar R$ 18 mil de dívidas trabalhistas. Insatisfeitos com o andamento das investigações, a família e os amigos da vítima chegaram a fazer manifestações em Belém. A pedido do deputado Cláudio Puty, a Câmara dos Deputados criou uma comissão externa para avaliar as circunstâncias do crime. Além dos parlamentares paraenses, a comissão conta também com os trabalhos do deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e de Paulo Cesar Quartieiro (DEM-RR).

O relator da comissão externa, Protógenes, informou que recebeu várias denúncias da Pastoral da Terra e de sindicatos sobre trabalhadores rurais desaparecidos e já pediu dados oficiais à Secretaria de Segurança Pública do Pará. Um vereador de São Félix do Xingu disse que muitos casos estão diretamente ligados à Agropecuária Santa Bárbara.

“Falou que na fazenda existe um lago apelidado de ‘justa causa’. A cidade inteira sabe que existe esse lago na fazenda e há várias vítimas que foram jogadas nesse lago: as vítimas são mortas com requinte de crueldade. E isso tudo não é conflito agrário, é originado de conflitos trabalhistas”.

Para chegar aos mandantes do crime, o relator da comissão externa, deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP), quer acionar o Ministério Público e a Polícia Federal. “O nosso alvo, além dos pistoleiros, são os mandantes. Encontramos uma grande dificuldade da Polícia Civil de esclarecer esse caso até os mandantes; e do Judiciário também.”

De acordo com o relator, a comissão deve-se reunir, no início da semana, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para informa-lo sobre os casos sucessivos envolvendo a Agropecuária Santa Bárbara e para que federalize esses crimes. “É uma situação para ser denunciada na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e na Organização das Nações Unidas (ONU), porque estamos presenciando práticas medievais no Brasil, em período de democracia plena”.

A comissão também pretende se reunir com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e com as centrais sindicais de trabalhadores.

NOTA

Em nota encaminhada à Agência Câmara, a Agropecuária Santa Bárbara já havia afirmado que “não coaduna, não avaliza, não acoberta, não aprova qualquer atitude ilícita” e que repudia acusações, que classifica de “falsas” e “injustas”. A comissão externa da Câmara que investiga o caso trabalha com prazo indeterminado. (Diário do Pará)

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