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Deputados ironizam entrega da nova Santa Casa

O presidente da Assembleia Legislativa (AL), Márcio Miranda, achou por bem encerrar a sessão ordinária de ontem pouco depois do meio-dia, justo quando o debate sobre a situação dos servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) –

O presidente da Assembleia Legislativa (AL), Márcio Miranda, achou por bem encerrar a sessão ordinária de ontem pouco depois do meio-dia, justo quando o debate sobre a situação dos servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) – que passaram a manhã na galeria da casa, com cartazes em punho na esperança de que o parlamento se sensibilizasse em relação às reivindicações da categoria - começava a ficar acalorado. O ensaio de bate-boca se deu entre a deputada Simone Morgado (PMDB) e o líder do governo, José Megale (PSDB).

A peemedebista subiu à tribuna para denunciar que, de um modo geral, não adianta discutir a situação do funcionalismo público do Estado no plenário, quando a decisão está nas mãos de quem pouco preza por ele. “É como diz aquela música do Chico Buarque: ‘Hoje você é quem manda, falou, tá falado’, a gente discute, mas eles é que decidem. E, pela falta de sensibilidade desse governo, não só a Adepará, mas o serviço público do Estado, acaba vindo aqui rogar pela atenção que o governo não dá, e aqui nós daremos”, anunciou. “As categorias apresentam seus [Planos de Cargos, Carreiras e Remuneração] PCCR, eles chegam à [Secretaria de Estado de Administração] Sead, rodam um bom tempo por lá e não se tem qualquer resposta”, acrescentou.

Megale pediu uma parte da deputada, que concedeu a vez. “Olha, eu me lembro que o PMDB já esteve à frente da Adepará, e certa vez, conversando com os servidores, não me lembro de ninguém dizer que sente falta daquela gestão. A reivindicação pelo [Plano de Cargos, Carreiras e Salários] PCCR é antiga, e o que o PMDB fez?”, rebateu o parlamentar. A resposta da deputada esquentou o clima no plenário. “O deputado está falando como se a questão aqui fosse política partidária. Se houve erros na gestão do PMDB, cabe ao Ministério Público apurar e punir os responsáveis. E, se a questão é tão antiga, eu pergunto ao deputado: Então por que o governo do Estado ainda não fez nada sobre o assunto?”, retrucou a parlamentar. A partir desse momento, os deputados iniciaram uma discussão, ela na tribuna e ele na bancada. Quando um começou a falar mais alto que o outro, o presidente Márcio Miranda pediu ordem e, ao não ser atendido, encerrou a sessão.

Um grupo de servidores da Adepará ocupou a galeria da AL durante toda a manhã com faixas que pediam pela implementação do PCCR, além de reconhecimento do trabalho da categoria pelo alcance do status de Zona Livre de Febre Aftosa, bastante celebrado pelo governo do Estado. “Estamos em greve há nove dias e por tempo indeterminado. Há dez meses entregamos nossa proposta de PCCR e só há uma semana, ou seja, um dia após deliberarmos a greve, a Sead recebeu a contraproposta do governo, que não inclui os principais itens das nossas reivindicações, dentre eles a equiparação do nosso vencimento-base com a média nacional, de R$ 2.200, já que a nossa categoria, em Nível Superior, tem um vencimento de R$ 1.641, um dos mais baixos do país”, explicou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público Agropecuário e Fundiário (Stafpa), Rose Pantoja.

Parlamentares “comemoraram” obra

Depois do silêncio da base governista a recém-entrega da ala da Santa Casa de Misericórdia, cuja cerimônia de abertura se deu anteontem, a deputada Simone Morgado (PMDB) falou à tribuna sobre o hospital, sem deixar de comemorar o “feito” do governo do Estado. “Chegando quase no quarto ano de mandato, merece uma comemoração a entrega da primeira obra do governo de Simão Jatene”, disse a parlamentar, tendo nas mãos um bolo. “E é um bolo de brigadeiro”, brincou.

“Em quase quatro anos de governo, a primeira obra é um hospital cuja construção teve grande participação da ex-governadora Ana Júlia (PT, que deixou o cargo em 2010). Uma obra que deveria ter custado R$ 60 milhões e que terminou em mais de R$ 177 milhões, e podem ter certeza de que os parlamentares desta casa vão querer saber como se chegou a esse valor, inclusive estamos à espera da senha do [Sistema de Administração Financeira para Estados e Municípios] Siafem para termos acesso a esses dados”, alfinetou a deputada.

O deputado Parsifal Pontes (PMDB) também participou do ‘parabéns’ iniciado pela parlamentar. “É uma obra que, sem dúvida, esperamos que melhore bastante a qualidade de vida da população e dos serviços de saúde prestados nesse Estado que está um caos. E caminhando para quatro anos de governo, temos que confraternizar este fato inédito, realmente merece os parabéns”, ironizou. Com a sessão encerrada, os deputados se reuniram em volta da sobremesa para pegar uma lasquinha – até mesmo José Megale, que minutos antes discutia com Simone, não resistiu a um pedacinho da guloseima.

“Nós todos comemoramos, afinal, depois de quase quatro anos, finalmente o governo entregou uma ala de um hospital que foi deixado na sétima lage pelo governo anterior e saiu muito mais caro. Simbolicamente, esse bolo que a deputada levou mostra o que é o governo do Pará hoje: um governo que fala muito e não faz nada”, finalizou Carlos Bordalo, do PT.

(Diário do Pará)

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