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Memória e tempo na geografia da cidade

Fachadas de prédios históricos tomadas por placas de lojas. Emaranhados de fios elétricos cobrindo o céu. Grafites redesenhando a aparência das casas. Na exposição fotográfica “Fisionomia Belém”, que estreia hoje, a capital paraense é exposta de forma cru

Fachadas de prédios históricos tomadas por placas de lojas. Emaranhados de fios elétricos cobrindo o céu. Grafites redesenhando a aparência das casas. Na exposição fotográfica “Fisionomia Belém”, que estreia hoje, a capital paraense é exposta de forma crua, sem retoques. Desenvolvido por pesquisadores e alunos da Unama e da UFPA, o projeto é um estudo dos impactos da comunicação visual na cidade.

Dividido em seções como “Praças”, “Publicidades” e “Intervenções urbanas”, as imagens apresentam diferentes pontos de Belém, registrando outdoors, faixas, cartazes, pichações, placas de lojas.

“O projeto tenta entender a contemporaneidade a partir de uma análise da paisagem urbana. A poluição visual, os casarões históricos, as barraquinhas de comida na rua, tudo isso serve para descrever a experiência social de viver na cidade”, define o doutor em filosofia Ernani Chaves.

O professor do curso de Filosofia da UFPA irá apresentar nesta quinta, 19, a palestra “Walter Benjamin e a fotografia de cidades”, sobre o teórico que serviu de base para o estudo. “Para Benjamin, uma das grandes expressões daquilo que se chama de modernidade é o aparecimento da cidade moderna em decorrência do desenvolvimento do capitalismo e da revolução industrial no século 19”, conta.

De acordo com Walter Benjamin (1892-1940), o “flâneur” é um observador da vida urbana. O termo francês que designa um indivíduo vagabundo ou vadio, no conceito do filósofo alemão define uma pessoa que anda pela cidade em contemplação, experimentando-a sem compromissos.

“O ‘flâneur’ é um espectador privilegiado, uma maneira única de olhar sobre a cidade. É isto que nós estamos nos propondo com o ‘Fisionomia Belém’, uma contra-narrativa através da fotografia. A reflexão de Walter Benjamin feita na Europa do século passado se aplica perfeitamente ao que a gente vive agora em Belém. Ao mesmo tempo que vivemos a pós-modernidade também vivemos em pleno século 19, com carroça nas ruas, sem asfalto, sem saneamento básico. São diversos momentos históricos ao mesmo momento”, explica Ernani Chaves.

(Diário do Pará)

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