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ANP vai licitar duas bacias no Pará

Com quase dois anos de atraso e cinco anos depois do último leilão, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) vai promover, hoje e amanhã, a 11ª Rodada de Licitações de Blocos. A 10ª Rodada aconteceu em dezembro de 2008. Para part

Com quase dois anos de atraso e cinco anos depois do último leilão, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) vai promover, hoje e amanhã, a 11ª Rodada de Licitações de Blocos. A 10ª Rodada aconteceu em dezembro de 2008. Para participar da rodada estão habilitadas nada menos que 64 empresas, entre as quais algumas gigantes mundiais da indústria petrolífera. A maior parte é brasileira, mas vão concorrer também empresas de 18 países, entre os quais Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Espanha e Japão.

O leilão da 11ª rodada foi autorizado em abril de 2011 pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e tinha sua realização prevista para dezembro do mesmo ano, mas acabou adiado porque faltou a aprovação da presidente Dilma Rousseff. Na época, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou, após participar de uma audiência pública no Senado, que a rodada provavelmente viria a ocorrer no primeiro trimestre de 2012. Está ocorrendo um ano depois.

A ANP vai ofertar para exploração e produção de petróleo e gás natural 289 blocos, em 23 setores, no total de 155,8 mil quilômetros quadrados. Em terra serão 123 blocos. Os outros 166 blocos estão localizados no mar, sendo 94 em águas rasas e 72 em águas profundas.

DISTRIBUIÇÃO

Eles estão distribuídos por 11 bacias sedimentares, duas das quais interessam diretamente ao Pará: a Foz do Amazonas e a Pará/Maranhão. As outras são Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Parnaíba, Pernambuco/Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe/Alagoas e Tucano Sul.

Em informe divulgado ontem à imprensa, a ANP ressaltou haver procurado, na presente rodada, promover o conhecimento das bacias sedimentares, com destaque para a margem equatorial do país, e também os blocos em terra, neste caso objetivando trazer para a indústria do petróleo um número cada vez maior de pequenas empresas.

Ainda segundo a ANP, a margem equatorial do Brasil terá presença marcante na rodada, com reflexos no Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, onde se localizam as bacias da Foz do Amazonas, Pará/Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, todas de nova fronteira exploratória.

A ANP revelou que a região apresenta potencial petrolífero altamente promissor, caracterizado pelas descobertas comerciais e subcomerciais nas bacias do Ceará, Pará/Maranhão e Potiguar. Segundo a ANP, os óleos identificados nessas bacias são leves e de excelente qualidade.

Pesquisas já foram realizadas na região

A retomada das pesquisas de petróleo e gás na costa do Pará, prenunciada pela 11ª Rodada de Licitações da ANP, renova, entre os paraenses, a esperança quanto a possível descoberta de hidrocarbonetos na região, sonho que vem sendo acalentado desde a década de 1970, pelo menos. De lá para cá, em diferentes ocasiões, houve anúncios animadores, feitos por autoridades do próprio governo. Isso aconteceu, por exemplo, no governo Geisel, quando esteve aqui o então ministro de Minas e Energia, Shigeaki Ueiki, e anos depois durante o governo de José Sarney.

Há cerca de dois anos, o Pará voltou a se agitar com a possibilidade da descoberta de petróleo e gás no seu litoral, através da perfuração de dois poços pela Petrobras. E como das vezes anteriores, a costa atlântica, em frente à cidade de Salinópolis, voltou a estar presente no noticiário. Justamente lá, onde, na década de 1970, uma plataforma submarina da Petrobras, com apoio de um grupo em terra e de dois helicópteros, realizou as primeiras pesquisas na região.

ESTUDOS

Os estudos geológicos para exploração de hidrocarbonetos, aliás, têm sido recorrentes na costa paraense. O mais recente aconteceu a partir de 2010 e teve curta duração. Em agosto de 2011, circulou em Belém a versão de que um primeiro poço perfurado pela estatal no litoral do Pará havia apresentado resultado positivo. O poço em questão era o “Harpia”, cuja perfuração havia sido iniciada em janeiro daquele ano, em lâmina d’água de 2060 metros. Localizado a 222 km de Viseu, em águas profundas, o poço teve sua profundidade final programada para 5.880 metros.

Depois disso, reforçaram-se ainda mais as evidências de prováveis descobertas, com o aumento do número de rebocadores em atividade na região e a ampliação da estrutura de apoio mantida em terra pela Petrobras. Toda essa movimentação coincidia com o início dos trabalhos de escavação de um segundo poço exploratório relativamente próximo ao primeiro – o poço “Gavião”, a 216 km de Bragança.

O crescente entusiasmo que, na época, começou a tomar conta da sociedade paraense, porém, foi abruptamente contido no final do primeiro semestre do ano passado. Sem qualquer esclarecimento , a Petrobras suspendeu suas atividades na região e desmobilizou toda a estrutura que havia montado em Salinópolis e na base do Tapanã, em Belém. Uma versão oficiosa, que circulou na ocasião, dizia que a suspensão das atividades era temporária e duraria o suficiente para a estatal reavaliar os seus planos de investimentos.

(Diário do Pará)

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