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74% dos médicos de todo o Pará estão em Belém

Um total de 74% dos 6.565 médicos registrados no Pará atuam na capital paraense. Com taxa de 0,84 profissionais para cada 1.000 habitantes, o Pará está abaixo da média nacional, em 13º lugar em número de médicos registrados em todo o país (388.015) e na p

Um total de 74% dos 6.565 médicos registrados no Pará atuam na capital paraense. Com taxa de 0,84 profissionais para cada 1.000 habitantes, o Pará está abaixo da média nacional, em 13º lugar em número de médicos registrados em todo o país (388.015) e na penúltima posição em termos proporcionais.

Os dados pertencem a um estudo divulgado na segunda-feira (18) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Desses 74% que se concentram na capital, 58,9% deles atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).

No Pará, os números mostram que 6.390.595 pessoas são assistidos por 1.737 médicos. Neste conjunto de cidades, a razão médico/habitante fica em 0,27. Por outro lado, a população da capital tem um índice de 3,44 médicos por 1.000 habitantes.

O estudo reforça a preocupação das entidades médicas com as condições para com o exercício da medicina, especialmente no interior dos estados. Foi detectado também que a maioria dos egressos das escolas médicas do Brasil prefere trabalhar em regiões desenvolvidas ou nas capitais.

Para chegar a esta conclusão, foi acompanhada, ao longo de três décadas, a migração de 225.024 médicos. Foram considerados o local de nascimento, o local de graduação e o primeiro registro no CRM. Também foram analisados os cancelamentos de registros, por motivo de transferência do médico de um estado a outro. A análise foi de 1980 a 2009, período em que pelo menos 100 novas escolas médicas foram criadas no país.

Para o clínico geral e dermatologista que também atua no corpo administrativo do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), Dr. João Gouveia, não é apenas no Estado do Pará que falta médico, mas em todo país.

O profissional afirma que os próprios médicos ao escolherem onde querem atuar, optam por trabalhar nas capitais, já que nos interiores ainda não há uma estrutura adequada para que eles possam atuar dignamente e com segurança. "O médico precisa de condições necessárias para executar o seu trabalho, com uma remuneração de acordo com o que faz, incluindo o plano de carreira", ressalta o clínico.

UNIVERSO

Do universo pesquisado, 107.114 médicos se graduaram em local diferente daquele onde nasceu. Nesse grupo, 39.390 (36,8%) retornaram ao município de onde vieram. O perfil da migração de médicos é, inclusive, praticamente o mesmo em cada década analisada, mesmo nos anos após a abertura de muitas escolas no interior dos estados.

O que se vê, no entanto, são pontos de concentração nas capitais e nas regiões mais desenvolvidas. Entre 1980 e 1989, por exemplo, 57% dos profissionais formados atuavam nas capitais e os outros 43% no interior dos estados. Na década seguinte, o percentual de médicos nas capitais se manteve o mesmo e, entre 2000 e 2009, subiu para 59,4%.

(Jorge Luis/DOL)

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