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Indústria quer treinar 104 mil no Pará

Na última quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o novo índice de desemprego no Brasil. A taxa de 4,6% é uma das menores da história e tem causado inveja em muitos países com economia mais robusta. Na sexta-feira,

Na última quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o novo índice de desemprego no Brasil. A taxa de 4,6% é uma das menores da história e tem causado inveja em muitos países com economia mais robusta. Na sexta-feira, ao participar da cerimônia de entrega de casas populares em Castanhal, no Pará, a presidente Dilma Rousseff comemorou, mas fez uma ressalva: “É preciso melhorar a qualidade dos empregos”. E fez um apelo aos prefeitos. Pediu ajuda para aumentar a oferta de creches e o número de matrículas no ensino técnico. A preocupação da presidente não é por acaso. Tão importante quanto gerar vagas no mercado de trabalho é garantir que os trabalhadores estejam preparados para assumi-las. O descompasso entre a oferta de vagas e a qualificação de mão de obra é perverso para as empresas, que ficam limitadas e podem perder a chance de crescimento, mas principalmente para os trabalhadores, que perdem oportunidades de aumentar a renda e buscar a tão sonhada realização profissional. O problema é especialmente grave entre os jovens que buscam o primeiro emprego.

PREPARO É O VILÃO

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 73,8 milhões de jovens entre 15 e 24 anos estão desempregados em todo o mundo. A previsão da OIT é que a desaceleração da atividade econômica tire os empregos de outros 500 mil até 2014. A taxa de desemprego juvenil, que atingiu os 12,6% no último ano, pode chegar a 12,9% em 2017, quase três vezes a taxa média atual do Brasil. E, no nosso caso específico, nem sempre desemprego quer dizer falta de vaga. “O que falta é gente qualificada”, diz a estudante Katriane da Costa Oliveira, 16 anos. Com essa ideia na cabeça, ela partiu para a ação. Procurou uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Castanhal e está fazendo o curso de mecânica de usinagem. O sonho de Katriane é concluir o Ensino Médio, fazer vestibular para jornalismo e se tornar repórter. Enquanto isso, espera conseguir um emprego para buscar a renda que pode ajudá-la a realizar o sonho. Pelos próximos meses, Katriane e seus colegas terão aulas diárias. Aprenderão a modelar metais transformando-os em peças como parafusos, e tornos, entre outros. “Tem muitas indústrias por aqui [nordeste do Estado] que pedem esses serviços. Quero arranjar um emprego logo”, diz com a ansiedade típica da idade. Quem também está ansioso é Edinélio de Andrade, 21 anos, aluno da mesma turma. Hoje, o jovem ajuda o pai na pequena venda de lanches, um trabalho informal, mas o sonho é ter carteira assinada e renda fixa. “Estou me qualificando justamente para isso”.

Os planos dos dois jovens de Castanhal são compartilhados por outros milhares de rapazes e moças em todo Pará e para quem estiver disposto a passar pelas salas de aulas não faltarão opções. O presidente do Senai no Pará, Gerson Peres, diz que a meta da Federação Nacional das Indústrias para o Estado é treinar 104,4 mil pessoas até 2014, mas a unidade do órgão no Pará quer superar essa meta. Espera fechar 2013 com um saldo de 75 mil alunos treinados. Serão oferecidos cursos técnicos que podem durar pelo menos um ano, mas também vagas para quem desejar uma qualificação rápida com carga horária menor. A meta foi estabelecida com base nos resultados do ano passado, quando o órgão treinou 52 mil pessoas. “As áreas que mais estão demandando qualificação são alimentos e bebidas, informática e metal mecânica”, diz Peres.

Mais de 113 mil vagas só no setor mineral

Mais uma vez, o setor de mineração acena como um Eldorado para quem está procurando emprego no Pará. O Sindicato das Indústrias de Mineração do Estado (Sinmineral) contabiliza 255 mil empregos diretos e indiretos gerados no Pará em 2012 pelo setor. Para 2013, a meta é abrir mais 113 mil vagas. “Vamos precisar contratar para minas que já estão em operação e passarão por expansão e para as que vão iniciar as atividades”, diz o presidente do Sinmineral, José Fernando Gomes Junior. Segundo ele, a carência de mão de obra qualificada tem levado as próprias empresas a investirem na oferta de cursos, não apenas dos níveis mais baixos. Algumas empresas como a Vale, por exemplo, criaram cursos de mestrado. Há ofertas também para os setores de serviço em áreas que vão da hotelaria à saúde e beleza. “Esse esforço é para melhorar os serviços na área onde estão as minas e dessa forma segurar os colaboradores”.

Diretora de uma empresa especializada na seleção de pessoal para grandes empresas, Nara D´Oliveira defende qualificação também para postos mais altos. “Há uma dificuldade muito grande é conseguir executivos para postos de comando”, diz. Em média, uma empresa leva quatro meses para selecionar um profissional para esses postos quando a opção prioritária é por um paraense. “Temos um histórico recente de profissionalização. Há 20 anos, a maioria dos executivos trabalhava no setor público ou em empresas familiares. As exigências ficaram maiores com a abertura dos mercados feita no governo Collor e com as privatizações”. Para quem está de olho em uma vaga dessas, os especialistas apontam para as mesmas dicas. É preciso investir em língua estrangeira, cultura empreendedora e conhecimentos gerais além, lógico, das disciplinas diretamente relacionadas à função.

(Diário do Pará)

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