Thiago Galhardo fala com exclusividade ao DOL

O meia Thiago Galhardo chegou ao Baenão com a missão de ser o jogador que tem a responsabilidade de ajudar no setor da criatividade. Há tempos o Remo padece com a ausência de um meia que atue de forma efetiva neste setor.

Para que o torcedor azulino conheça um pouco mais da vida de uma das principais contratações do elenco do Leão para a temporada 2013, confira a entrevista exclusiva que o novo jogador do Clube do Remo concedeu ao DOL.

DOL - Onde você começou sua carreira de jogador de futebol?

Na cidade do meu pai onde fui morar muito cedo chamada São João Del Rei (MG), lá tive a base tanto no futsal, quanto no campo. O primeiro clube que me deu oportunidade para aparecer foi o Bangu.

DOL - Quantos anos você tinha quando saiu para jogar em outros estados?

Saí com 18 anos quando larguei São João Del Rei e fui para o Rio de Janeiro. Em 2012 fui para Natal jogar no América e aí sim fui morar sozinho.

DOL - Você frequentou alguma escolinha de futebol?

Várias na infância, mas a “Pequeno Príncipe”, em São João Del Rei, foi a que eu comecei e a que mais marcou.

DOL - Você sempre atuou no meio campo?

Sim, sempre. Segundo volante ou meia.

DOL - Quem foi que descobriu o teu talento para o futebol, aquele que disse: esse menino é bom de bola e te levou pra fora do seu lugar de origem?

Chama-se Marquinho, ele foi na minha casa e me deu a última chance, pois já estava com 19 anos. Eu já tinha desistido porque já tinha sido aprovado no concurso da Petrobras, porém, ele acreditou no meu potencial e graças a Deus deu certo.

DOL - Em algum momento você pensou em parar de seguir a carreira de jogador de futebol profissional?

Eu parei, desisti quando passei no concurso da Petrobrás, em março de 2008.

DOL - Como é viver longe da família?

É complicado, sou muito apegado com meus pais e irmãos. Porém, quando comecei já sabia que poderia ter que enfrentar, então levo numa boa. Tenho eles comigo na pele e no coração. Inclusive joguei com meu irmão Gabriel Galhardo ano passado. Foi um fato inédito e mexeu comigo, tive a chance de repetir agora em 2013, mas pela profissão tive que ver o melhor para nós. Tenho certeza que ele será muito feliz, nos falamos todos os dias, somos muitos apegados. Mas espero num futuro próximo poder jogar com ele novamente dessa vez um Campeonato Brasileiro e uma competição internacional.

DOL - Como você trabalha o seu físico para enfrentar a maratona que é o campeonato paraense?

Fazendo uma boa pré-temporada. Ela é o alicerce para o ano inteiro. Tenho certeza que os profissionais competentes que tem no Remo conseguiram fazer com que eu fique no auge na forma física, como em 2011.

DOL - Como foi que você foi parar no Remo?

Graças ao empenho da diretoria que me procurou e sobre a história do Remo, da torcida, tudo isso mexeu bastante comigo. Hoje sou uma realidade no clube e estou muito feliz aqui.

DOL - A que você atribui a tua ascensão no futebol?

Primeiramente a Deus, segundo a minha mãe que me apoiou e terceiro ao Bangu que abriu as portas e acreditou em mim. Acho que meu profissionalismo ajudou bastante também.

DOL - Qual o grande jogo da sua vida até o momento?

O grande jogo da minha vida será sempre o próximo, independente da competição e adversário. Porém, o mais inesquecível foi a estreia pelo Botafogo diante da minha família e amigos em Juiz de Fora, contra o America-MG que eu fiz o gol da vitoria (1x0) e por sinal, ao meu ver foi bonito (risos).

DOL - A torcida do Remo anda ansiosa para ver o time num lugar de destaque do futebol nacional. Qual o recado que você deixa para a torcida do Leão?

Quero dizer a eles que farei o meu melhor, me doarei ao máximo para que possamos colocar o Remo no seu devido lugar, na elite do cenário nacional e conquistar títulos. Essa é minha meta junto ao clube.

(Ronald Sales/DOL)