Veja como vai ficar o trânsito no Entroncamento

Menos de dois meses após as últimas alterações, o trânsito na área do Entroncamento sofre nova intervenção a partir da 0 hora de hoje. Os condutores que entram na cidade pela rodovia BR-316 - e que já estavam impedidos de circundar a rotária – a partir de agora precisam acessar a avenida Augusto Montenegro para só então seguir caminho pela avenida Pedro Álvares Cabral. A mudança atende à obra de remanejamento da adutora da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e deve durar quatro meses.

Para seguir pela Pedro Álvares Cabral, que desde o início das obras de implantação do BRT (sigla em inglês para ônibus rápido) transformou-se em uma das principais vias alternativas da cidade, os veículos devem utilizar o retorno já existente em frente ao Conjunto Gleba I, na Augusto Montenegro.

A Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), já trabalha na abertura de um novo retorno, próximo à rua da Marinha, exclusivamente para caminhões e ônibus. Com poucas alternativas de fuga, quem precisa utilizar a BR-316 como acesso a Belém vai precisar de paciência.

“Na prática, a mudança é apenas para os condutores que vêm da BR e desejam entrar na Pedro Álvares Cabral. O acesso pelo túnel continua o mesmo e pela Augusto Montenegro também. Nesse momento, a orientação maior é para os caminhões, que podem pegar a avenida Independência (através da Mário Covas) e seguir pela Centenário”, advertiu o diretor de transportes da CTBel, Izaías Reis. O novo trajeto implica um aumento no percurso de aproximadamente 2,4 mil metros. Para orientar o trânsito, homens da CTBel estarão no local.

REMANEJAMENTO

“O motivo principal para essa interdição é o remanejamento lateral do pilar, que se encontrava próximo à adutora da Cosanpa, mas vamos aproveitar o fechamento para fazer a ligação do elevado do BRT com a Augusto Montenegro. Nesse meio tempo, haverá dois agentes de trânsito em cada retorno, uma viatura com outros três agentes, além dos que já trabalham normalmente na área. A expectativa é poder minimizar o transtorno”, afirmou Reis.

A professora Vera Sampaio, 40, entretanto não gostou nada da notícia. Com a mudança, ela acredita que os atuais 60 minutos que leva para fazer o trajeto de casa, no conjunto Júlia Seffer, para o bairro de Nazaré, onde trabalha, deve aumentar em pelo menos meia hora. “Qualquer mudança, por menor que seja, transforma a vida da gente em um caos, porque o trânsito de Belém não foi planejado. Não tenho alternativa, preciso enfrentar o fluxo intenso e chego ao trabalho muitas vezes estressada”.

Motorista de táxi há seis anos, Cleber Lopes também ficou apreensivo. “Na cooperativa da qual faço parte, havia um prazo de 10 a 15 minutos para chegarmos aos clientes no entorno da Augusto Montenegro. Com o BRT, aumentou para 30 minutos, isso considerando que nós taxistas conhecemos algumas passagens. Para quem não é da área, a dificuldade é ainda maior e fica pior a cada dia”.

Com a mudança, a prefeitura de Belém atende ao acordo firmado com a Cosanpa, no final de setembro, em torno da adutora localizada próximo ao elevado dois do Complexo Viário do Entroncamento. A rede de água desse trecho será remanejada para o eixo da Augusto Montenegro e a adutora para baixo do elevado, sem prejuízo para o abastecimento de água na região.

(Diário do Pará)