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Pará é alternativa para a produção de borracha

A busca de subsídios para o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Borracha Natural no Pará foi o objetivo do workshop sobre Heveicultura (plantio de seringueira), realizado nesta quinta-feira (13), na Federação da Agricultura do Pará (Faepa).

A busca de subsídios para o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Borracha Natural no Pará foi o objetivo do workshop sobre Heveicultura (plantio de seringueira), realizado nesta quinta-feira (13), na Federação da Agricultura do Pará (Faepa). Promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) e Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), o evento foi uma demanda do grupo de trabalho que elabora o programa da borracha no Estado.

Considerando-se o longo período de até nove anos necessários para que a cultura comece a produzir, a ideia é adotar o sistema agroflorestal, cultivando a seringueira junto com o cacaueiro, que exige sombreamento, e culturas anuais como grãos e frutas, numa mesma área. Essa alternativa garante renda mais imediata ao produtor e permite incluir agricultores familiares no processo de produção.

Para falar sobre esse sistema de cultivo, os pesquisadores da Ceplac Adonias Castro e Raimundo Bonadie vieram da Bahia, onde a experiência está sendo implantada. “O governo precisa adotar uma política de desenvolvimento que transforme as vantagens comparativas em competitivas, de forma que os produtos possam ser comercializados sob qualquer perspectiva de mercado, remunerando adequadamente o produtor rural”, disse Castro. Segundo o pesquisador, o programa deve ter uma visão de futuro considerando a demanda das indústrias de pneus e artefatos e se plantar clones altamente produtivos que permitam o uso múltiplo da seringueira na produção de borracha e madeira.

Raimundo Bonadie considera que o Pará tem condições favoráveis de solo e clima ao cultivo da seringueira, além de tecnologia e dinamismo das esferas públicas e privadas para desenvolver sua produção agrícola regional. “O sistema agroflorestal utilizando a borracha como um dos produtos é alternativa concreta para impulsionar o desenvolvimento econômico, social e ambiental do meio rural”, disse Bonadie. Um hectare de seringa produz uma tonelada de semente gerando matéria prima para extração de óleo e produção do biodiesel. A apicultura é outra atividade que pode ser consorciada com a seringueira, que durante 10 meses produz flores de onde as abelhas retiram néctar de excelente qualidade.

Os pesquisadores Fernando Sérgio Pinheiro, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Roberto Yokoyama, presidente da Câmara Setorial do óleo de Palma, falaram sobre as perspectivas da heveicultura nas áreas de escape e as oportunidades de negócio. A borracha é fundamental para o desenvolvimento da sociedade moderna e seu consumo deverá crescer mais do que a produção mundial nos próximos anos, segundo projeções de especialistas da área econômica. O Brasil, que já foi o maior produtor, hoje ocupa a 10ª posição, importa quase 70% do que consome e precisa urgentemente aumentar sua produção. Nesse contexto, o Pará é apontado como área estratégica para o cultivo da seringueira e o Governo já está trabalhando nessa direção, visando reduzir a dependência do Brasil da importação do produto.

O cultivo da borracha será nas chamadas áreas de escape climático, durante os meses de baixa pluviosidade. É para evitar o ataque do fungo causador do “mal das folhas”, doença que dizimou os seringais da Amazônia no início do século passado. O Mycrociclos Ulei se prolifera nas altas temperaturas e umidade elevada, durante a troca das folhas. As áreas de escape ficam nas regiões sul, sudeste e nordeste e ocupam 32% do território paraense. Os seringais nativos e os de cultivo solteiro também serão incluídos no programa.

O secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes, informou que o Programa Estadual da Borracha será beneficiado pelo Programa Agricultura de Baixo Carbono, que preconiza, entre outras práticas, a recuperação de áreas degradadas. O secretário destacou o papel social do programa ao incluir os agricultores familiares no sistema agroflorestal da produção de borracha. ”O Governo tem ações e projetos, onde a seringueira poderá ocupar espaço trazendo, acima de tudo, rentabilidade para o nosso produtor rural” informou Hildegardo Nunes.

Durante o workshop foram assinados o convênio de apoio à Festa do Cacau, de 25 a 28 de outubro, em Medicilândia, e um acordo de cooperação técnica para implantação do projeto Cacau Mais Sustentável. O objetivo é apoiar a cacauicultura em sistema agroflorestal, em São Félix do Xingu, envolvendo a Ceplac, Cargill, a ONG TNC e Cappru. O secretário Estadual de Ciência e Tecnologia, Alex Fiuza de Melo, anunciou o lançamento, em outubro, do edital para contratação de instituições para pesquisa e desenvolvimento sustentável do cacau e do açaí. (Agência Pará)

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