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Manejo correto do açaí evita mal de Chagas

“Vendemos em média de 20 a 30 latas de açaí por dia. Na safra, a partir de agosto, esse número pula pra 60 ou 70 latas” diz José Haroldo Lima, 46, que há seis anos toma conta de um ponto na Feira do Açaí, no Ver-o-Peso. Com o preço do produto reduzido, o

“Vendemos em média de 20 a 30 latas de açaí por dia. Na safra, a partir de agosto, esse número pula pra 60 ou 70 latas” diz José Haroldo Lima, 46, que há seis anos toma conta de um ponto na Feira do Açaí, no Ver-o-Peso. Com o preço do produto reduzido, o consumo cresce e isso preocupa as autoridades da área de saúde do estado. O motivo: o possível aumento nas ocorrências da doença de Chagas.

Transmitida pelo protozoário tripanossoma cruzi, presente nas fezes do mosquito barbeiro, a doença encontrou um vetor poderoso no açaí. Se não houver os devidos cuidados com a higiene durante o preparo do alimento, o “barbeiro” acaba processado junto com a fruta.

Segundo Elenilde Góes, diretora do Programa de Doença de Chagas da Secretaria de Saúde do Estado, é importante que as pessoas que sentirem os sintomas da doença - febre, mal-estar, vermelhidão, inchaço nos olhos, aumento do fígado e baço entre outros – procurem fazer o teste. “Muitas pessoas não sabem que tem a doença porque acreditam estar doentes de outra coisa e não fazem o teste”. Em caso positivo é necessário informar o serviço de epidemiologia da cidade, para que este encaminhe o paciente para o tratamento adequado e possa fazer o controle da doença. “Geralmente em uma casa onde uma pessoa contraiu a doença através do açaí mais pessoas contraíram também” explica.

Os cuidados para evitar a contaminação devem ser em toda a cadeia produtiva, que se dá em condições precárias de higiene. O Departamento elenca seis medidas higiênicas durante o processamento do açaí: seleção e peneiramento; lavagem com hipoclorito de sódio e retirada do excesso; escaldamento – cozer em 80 graus celsius por dez segundos e em seguida mergulhar em água fria –; despolpamento em máquinas previamente higienizadas; envase em sacos plásticos virgens e refrigeração imediata do produto que não for comercializado na hora.

Elenilde destaca que os cuidados de prevenção são benéficos ao produto. “O processo destrói todas as bactérias que infectam o fruto. Como elas são as principais responsáveis pelo azedamento o açaí acaba durando mais tempo antes de azedar após passar por todo esse processo”. Ela lamenta a resistência de alguns vendedores em seguir as seis etapas de higienização, “alguns acreditam que lavar com o hipoclorito muda o gosto do produto e a maioria não faz o peneiramento antes de começar a manipular”.

Elenilde afirma ainda que o principal diferencial na prevenção da doença de chagas é o próprio trabalho de informação do consumidor. “A partir do momento em que ele começa a cobrar mais qualidade e higiene no serviço, não haverá como quem tem resistência não investir na qualidade do serviço”. Outras ações dentro da política de combate a doença de Chagas vem na forma do decreto governamental de normatização do processamento e venda do açaí, lançado em janeiro deste ano, e programas de benefícios a vendedores que investirem na qualificação do seu negócio. O Programa de doença de Chagas prevê ainda a realização de três atividades no mês de agosto – um encontro com pesquisadores da universidade de Quebec; um curso de investigação da doença e um simpósio no hospital Evandro Chagas.

(Diário do Pará)

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