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Proposta de ônibus a R$ 2,18 será votada

O Conselho Municipal de Transporte volta a se reunir, hoje, para votar a nova proposta de reajuste para a tarifa de ônibus, desta vez sugerida pela Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel). Se aprovada a proposta, o valor da passagem sobe de

O Conselho Municipal de Transporte volta a se reunir, hoje, para votar a nova proposta de reajuste para a tarifa de ônibus, desta vez sugerida pela Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel). Se aprovada a proposta, o valor da passagem sobe de R$ 2 para R$ 2,18, um reajuste de 9%.

Na semana passada, o conselho rejeitou a proposta feita pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel) que pedia um reajuste de mais de 17% na tarifa, deixando-a em R$ 2,34. É possível que outras entidades também apresentem propostas para o novo valor da passagem.

A reunião inicia às 8h30, na sede da CTBel. Na ocasião, os 17 conselheiros convocados devem argumentar a respeito da proposta feita pela CTBel de reajustar a tarifa para R$ 2,18, em seguida dizer se são contrários a este reajuste. Eles receberam uma cópia da planilha que a CTBel fez para poder chegar a este valor.

ESTUDO
Segundo a superintendente da CTBel, Ellen Margareth, o estudo técnico feito pela entidade considerou também o poder aquisitivo da população e a qualidade do transporte que circula pelas ruas da cidade. “A gente também observou o custo com pneus, combustível, insumos e o reajuste salarial dos trabalhadores”, disse.

Quando a proposta de R$ 2,18 foi apresentada, na última reunião, o conselheiro Edilson Ramos (da Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento (Segep) pediu que o valor fosse arredondado para R$ 2,20 a fim de facilitar o troco. No entanto, para que isso ocorra, ele terá de apresentar a proposta oficialmente.

O conselheiros que representam os sindicatos dos taxistas, dos rodoviários e a Comissão de Bairros de Belém (CBB) também ficaram de apresentar uma proposta de reajuste. A reportagem tentou contato com eles, ontem a tarde, para confirmar se apresentarão ou não alguma planilha, mas nenhum deles atendeu as ligações.

REPERCUSSÃO
Nas ruas da cidade e nas paradas de ônibus a população reforça a indignação diante do possível reajuste. “O aumento é um absurdo. O que a população ganha em troca com o aumento da tarifa?”, questiona o professor David Sales, 27.

Para David, a solução para o problema que envolve o transporte coletivo e a contestação do reajuste da passagem seria o poder público cumprir o seu papel de fiscalizar e cobrar as melhorias no serviço. “É uma via de mão dupla. Se aumenta a passagem que melhore os serviços, ou seja, que o horário das viagens fosse respeitados, que a quantidade de veículos atenda a demanda e os motoristas e condutores fossem capacitados, pois o que vemos são ônibus lotados, frota sucateada, usuários esperando ônibus por muito tempo na parada e ainda tem motorista que não para no ponto onde deveria”.

Quando informado do valor da proposta da CTBel o universitário Victor Lima, 21, aponta que o acréscimo de centavos nas despesas de quem tem baixa renda já provoca impactos no orçamento. “O aumento pode até parecer pequeno, mas para quem usa muito o transporte coletivo, como é meu caso, pesa muito no bolso no final do mês”, considerou. “Se o aumento refletisse em melhorias para o transporte seria até justo”.

Estudantes devem fazer manifestação
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros representantes do movimento estudantil prometeram que hoje fariam uma manifestação em frente a CTBel, em sinal de protesto contra um possível aumento no preço da passagem. A classe reclama que o Conselho Municipal de Transportes se reuniu durante o período das férias escolares, talvez, como tentativa de conseguir votar no reajuste sem grande contestação. No entanto, a CTBel já anunciou que o atraso da reunião, que deveria ter sido em maio, se deu porque a Setrans-Bel custou a enviar a planilha de sugestão para o reajuste.

Segundo o vice-presidente regional da UNE, Rafael Costa, o movimento estudantil só foi avisado que o conselho iria se reunir, na semana passada, na véspera da votação – isso no início da noite. “Eram 18h quando recebemos a informação da reunião, o que não foi justo porque o movimento estudantil e a sociedade civil devem participar deste debate. O que for decidido na reunião vai trazer consequência na vida de toda a população que depende dos coletivos”, disse.

Rafael lembra que no ano passado a Prefeitura Municipal de Belém (PMB) informou que só aumentaria a passagem de ônibus novamente depois que as empresas passassem a investir em melhorias para o transporte de passageiros. “Isto não aconteceu tal qual como deveria ocorrer e agora a passagem vai aumentar novamente”, reclamou.

(Diário do Pará)

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