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ESPORTE PARÁ

Família de jogador apontou negligência do Remo

Na última quinta-feira um Acidente Vascular Cerebral vitimou o jogador do sub-20 do Remo, Jean Gilberto Sarrá, de 18 anos. Ele estava em casa junto à família, quando, próximo da meia-noite de quinta-feira (24) passou mal e imediatamente foi encaminha ao h

Na última quinta-feira um Acidente Vascular Cerebral vitimou o jogador do sub-20 do Remo, Jean Gilberto Sarrá, de 18 anos. Ele estava em casa junto à família, quando, próximo da meia-noite de quinta-feira (24) passou mal e imediatamente foi encaminha ao hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, mas já chegou no local sem vida. O atleta começou no futebol aos 14 anos, na escolhinha do São Raimundo. De lá seguiu para o Bahia. Depois de alguns meses, voltou ao Pará e vestiu as cores do Remo, onde permaneceu desde então.

Nascido em Igarapé-Miri e revelado nas categorias de base do São Raimundo, Jean era um atacante alto, media 2,08 metros. A última partida disputada por ele foi na quarta-feira, contra o Tiradentes, pelo Campeonato Paraense sub-20. Na ocasião o Remo venceu pelo placar de 3 x 0, sendo Jean autor de um dos gols.

Jean dividia o quarto com um primo, que ao voltar do banheiro notou a mudança de aparência do atacante, que o deixou imediatamente preocupado. “Quando o primo dele ligou a luz, percebeu os sintomas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e imediatamente começou uma massagem na tentativa de reanimá-lo”, lembra o Josiel Sarrá, também primo do ex-jogador. Levado ao hospital, infelizmente chegou sem vida.

De acordo com os parentes, ele não sofria de nenhuma doença grave e a família também não possui histórico. “Aparentemente o garoto era saudável, esportista, nunca aparentou doença grave, tinha doenças de rotina como qualquer pessoa, mas nem na família tivemos casos assim”, garantiu Josiel.

Nos últimos dias, o atacante recebeu uma notícia animadora. Segundo parentes e amigos, ele tinha sido convidado a assinar um contrato com o time profissional, como declarou o próprio vice-presidente de futebol amador, Ulisses Olveira. “Ele era uma promessa. Na semana que vem estava certo de assinar com o time principal, sentimos muito a perda de uma grande promessa e de um ser humano querido”, lamentou o dirigente.

Transtornados com a situação, os familiares que conviviam com Jean lamentam a falta de cuidado do clube com os jogadores. “O Remo não deu esse respaldo, poderiam ter evitado se fizessem esses exames”, acredita Josiel. Pessoas mais próximas garantem que ele nunca apresentou qualquer sintoma de doença mais grave. “Até na nossa família não existe casos parecidos. Ele é de origem muito simples, sempre batalhou pela carreira, e agora, de repente, perde a vida dessa maneira”, desabafa Josiel.

De acordo com a família, o Dr. Henrique Custódio, das divisões de base, relacionava todos os anos, os jogadores que deveriam fazer exames, mas o clube não cumpria com as recomendações dadas pelo médico. “Ele mandava o nome dos atletas, mas durante seis anos não teve retorno e sempre achou que o Remo deveria ter mais cuidado”, diz o parente. Henrique Custódio não foi localizado para comentar o assunto.

Já o vice-presidente do departamento de futebol amador do Remo, Ulisses Oliveira afirma que o clube arcou com todas as despesas que lhe eram permitidas. “Nós providenciamos o transporte para a cidade dele (Igarapé-Miri), e arcamos com os custos que poderíamos, infelizmente foi uma fatalidade que poderia ter acontecido com qualquer pessoa”, afirma.

E sobre a assistência médica que os jogadores deveriam ter, ele diz que a demanda de atletas indicados é alta, e que por ventura nem todos são atendidos de uma vez, mas nega a negligência no caso da morte de Jean. “Todo anos eles fazem os exames obrigatórios. São várias categorias e cerca de 100 atletas, infelizmente não dá pra atender todo mundo de uma vez, mas sempre fazemos o possível”, retruca Ulisses.
O laudo com a causa exata da morte deve sair em 10 dias. A princípio, um AVC foi diagnosticado como principal causa da morte, mas sem comprovação da perícia científica. O corpo do rapaz foi transferido para a terra natal dele, em Igarapé-Miri, onde o corpo será velado durante o dia. (Diário do Pará)

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