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Santa Casa está atuando além do limite

A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará está atuando além do limite da capacidade de atendimento. Nos quatro primeiros meses do ano, as internações aumentaram 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Na pediatria, por exemplo, este índice q

A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará está atuando além do limite da capacidade de atendimento. Nos quatro primeiros meses do ano, as internações aumentaram 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Na pediatria, por exemplo, este índice quase chegou ao dobro e registrou aumento de 89,3%. A deficiência no atendimento primário em saúde – prestado nas unidades de saúde municipais, da qual faz parte o pré-natal – e a ausência do repasse do fundo municipal pela Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) são apontados como principais causas do afogamento.

A presidente da fundação, Eunice Begot, afirmou que os pacientes que procuram atendimento no hospital não são mandados de volta para casa, mas questionou a possibilidade de oferecer atendimento de qualidade. “Nossos serviços de urgência e emergência são específicos para obstetrícia e neonatologia. Porém, temos atendido todos os tipos de pacientes. Percebemos que há uma desordem no atendimento, principalmente no município de Belém, de onde são cerca de 50% dos nossos pacientes. Tememos que ocorra um colapso, por isso queremos contar com a ajuda da população”, desabafou a presidente, durante entrevista coletiva realizada na tarde de ontem.

De acordo com o titular da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sespa), Hélio Franco, os hospitais particulares conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e Prontos-Socorros da Região Metropolitana e de outros municípios encaminham as gestantes e crianças para a Santa Casa. “Acionamos o Ministério Público para notificar os 12 municípios que têm encaminhado paciente sem ter dado o devido atendimento à atenção primária. O percentual de nascidos com sífilis congênita, por exemplo, chegou a 2%. Isso é falta de um pré-natal adequado”, alertou.

O secretário informou que está sendo cobrado do município de Belém, por meio da Sesma, o pagamento de recursos do SUS destinados à Santa Casa, no valor de R$ 5 milhões, equivalentes aos últimos dois meses, que ainda não foram pagos e mais o remanescente do ano passado. Em virtude da ausência desse recurso, a Santa Casa está sendo mantida com quase 80% das verbas oriundas do governo do Estado. “Mais de 50% dos pacientes da fundação são de Belém”, disparou.

Peregrinação
Quando começou a sentir dores e percebeu que estava sangrando, a jovem Lilian Pereira, 20 anos, grávida de oito meses, foi encaminhada pelo posto de saúde do município de Inhangapi à Santa Casa. Aqui, ela esperou por horas em uma sala apertada, quente e com dezenas de outras gestantes até ser atendida. “O único acompanhamento médico que tive até os sete meses foi com o enfermeiro do município onde moro. Lá não tem ginecologista nem obstetra. No mês passado, me desesperei e tive que pagar uma consulta particular”, desabafou.

Quem também aguardava atendimento era Marília Oliveira, 25 anos, grávida de oito meses. Ela se deslocou de Castanhal, após ser encaminhada até a instituição por um hospital conveniado à rede de saúde do município. Ela chegou à Santa casa na noite da terça-feira, conduzida pela sogra em carro próprio. A jovem foi avaliada no setor de urgência e emergência e foi diagnosticada com infecção urinária. “Como é que lá em Castanhal eles não fizeram esse procedimento para iniciar o tratamento? Será que era preciso mesmo passar por tudo isso se eles tivessem tido a dignidade de me atender com respeito?”, queixou-se Marília.

Eunice Begot garante que, se as unidades de saúde atendessem corretamente estes pacientes, a triagem da Santa Casa não precisaria recebê-los e, assim, poderiam ser evitados mais transtornos. A UTI Pediátrica, com seus 15 leitos, está 100% ocupada. Há casos em que o PSM encaminha crianças com mais de 28 dias à Santa Casa, quando deveria atender esse paciente por se tratar de uma unidade de saúde conveniada ao SUS.

(Diário do Pará)

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