Greve da Adepará ameaça serviços do estado

No início da manhã desta terça-feira (22), um grupo de funcionários da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e integrantes do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público Agropecuário do Estado do Pará (Stafpa) estavam reunidos em frente a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) reivindicando a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e reajuste salarial.

Segundo informações do gerente de comunicação da Adepará, Ivanildo Leal, a tentativa de paralisação do sindicato não deu certo e todos os setores do órgão estão funcionando normalmente.

“Quase 85% dos funcionários não aderiram e ainda participaram de uma reunião com gerentes e o diretor geral da Adepará, Mário Moreira, que deixou claro que não é possível aumentar o salário este ano”, disse Ivanildo Leal.

Na última sexta-feira (18), diretores da Adepará reuniram-se com servidores de Belém e do interior, juntamente com o sindicato e na ocasião foi apresentada a contraproposta do governo em relação à reivindicação da categoria. Eles garantiram a implantação de um PCCR, entretanto, os 30% de reajuste salarial solicitados estão fora da realidade do Estado, segundo o presidente da Agência.

O projeto que cria o PCCR para os servidores da Adepará será enviado à Assembleia Legislativa, para apreciação e a meta é que passe a vigorar a partir do ano que vem.

Porém, a assessoria de comunicação do Stafpa desmente essa informação.

Segundo Harley Cunha, presidente do sindicato, "esta é uma notícia falaciosa. Estão tentando manobrar a situação com esta notícia para esvaziar, enfraquecer o movimento, mas estamos com 70% de adesão da categoria", disse.

Ainda de acordo com informações da assessoria de imprensa do Stafpa, os serviços foram reduzidos em até 80%, mantendo o mínimo em funcionamento, regido por lei, porém, com a diminuição do quadro de funcionários, serviços com a emissão do GTA- Guia de Trânsito Animal,que autoriza o transporte de animais, esta reduzido a uma média de cerca de 250 emissões do documento, em contrapartida aos 1500 autorizados em um período normal,sem greve.

A assessoria informou também que com a greve, a tendência é piorar a situação, pois com a diminuição da emissão das GTA's, a exportação do gado no estado irá cair; o que afeta diretamente o setor pecuário.

Na próxima segunda-feira, as 9h da manhã, os servidores farão um ato em frente à sede do sindicato, onde esperam uma decisão sobre a situação de greve.

"Vale ressaltar que a Adepará-Belém, tem um dos menores salários do Brasil,então um aumento de 30% é necessário. Os servidores estão cumprindo a lei, mesmo em estado de greve. Fazemos tudo deliberamdamente por meio de assembléia.

Os servidores não irão aceitar manobras por parte da empresa para tentar diminuir o movimento" finalizou a assessora.

(DOL)