Os trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do Xingu, em Altamira, decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (23) por tempo indeterminado. Após duas rodadas de negociações, as partes não entraram em acordo. quinta-feira (19), CCBM foi notificado oficialmente da greve.
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapv) teria realizado durante a tarde da quarta-feira e manhã de quinta assembleias nos canteiros Porto e Acessos, Canais e Diques, Pimental, Belo Monte e Infraestrutura. Em todas as assembleias a maioria dos trabalhadores decidiram não aceitar a contraproposta apresentada pelo CCBM e cruzar os braços por tempo indeterminado.
Dentro da pauta de reivindicações constam a redução da baixada (visita das famílias) de seis meses para três meses, a inclusão dos ajudantes de produção nessa baixada, que não possuem o benefício; aumento do valor do vale-alimentação de R$ 95 para R$ 300, melhoria nos transportes (troca de ônibus), revisão de salários (equiparação salarial) e cumprimento de cláusulas do acordo coletivo.
Segundo os trabalhadores ouvidos via telefone, na última reunião, o CCBM teria sugerido manter os seis meses entre os recessos para os trabalhadores visitarem as famílias. O aumento proposto para o vale-alimentação foi de R$ 90 para R$ 110. A assessoria de imprensa do CCBM disse que “por enquanto, não haverá divulgação de nenhuma ação” com relação à greve e que no “momento se restringe a rotinas administrativas”.
O consórcio disse ainda, por meio de sua assessoria, que reconhece como único e legítimo representante dos trabalhadores o Sintrapav-PA. Por esse motivo, todas as negociações são feitas exclusivamente por meio do sindicato. O diretor da sub-sede do Sintrapav-PA, em Belém, Luís Carlos Costa, disse que um diretor do Sindicato estaria nos canteiros tentando “negociar com as categorias”. Segundo ele, a entidade quer evitar a paralisação programada porque quer “resolver a situação no que eles estão reivindicando, com diálogo”. (Agência Estado)
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