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Surto de dengue ameaça cinco municípios no Pará

O Pará tem cinco municípios com alto risco de surto da dengue: Altamira, Igarapé- Miri, Itaituba, Tucuruí e Parauapebas, sendo que esta última está listada entre as 10 cidades brasileiras com população acima de 100 mil habitantes que concentram o maior nú

O Pará tem cinco municípios com alto risco de surto da dengue: Altamira, Igarapé- Miri, Itaituba, Tucuruí e Parauapebas, sendo que esta última está listada entre as 10 cidades brasileiras com população acima de 100 mil habitantes que concentram o maior número de casos. Os dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde mostram que houve aumento na incidência da doença em alguns estados, como Tocantins, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Sergipe.

Do total de casos (40.486) notificados em todo o território nacional, 75% estão concentrados em 10 estados. O Pará é um destes com 3.304 novos casos, significando 43,6% de incidência para cada 100 mil habitantes. Ainda assim houve registro de queda de 62% nos quadros da doença.

ALERTA
Apesar da redução no início de 2012, o Ministério da Saúde alerta para a alta presença do mosquito Aedes aegypti em 356 municípios. Foram registrados 40.486 casos contra 106.373 no mesmo período de comparação (a análise foi feita entre os dias 1 de janeiro a 11 de fevereiro). Seguindo a mesma tendência de queda, houve diminuição de 86% nos casos graves – que passaram de 1.345 (2011) para 183 (2012) - e de 66% nas mortes, que reduziram de 95 (2011) para 32 (2012).

O Levantamento de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa 2012), avaliou 536 cidades brasileiras e mostra que 356 municípios têm alta presença do mosquito, sendo 91 em situação de risco de surto e 265, em alerta. Outras 180 cidades apresentam baixo risco de infestação.

“Dados positivos são para aprendermos com o que deu certo e reforçarmos ainda mais as ações. Apesar de termos reduzido em 62% as notificações em todo o país, mais de 300 municípios estão em risco ou em alerta de surto. Então, precisamos intensificar a nossa atuação no combate à dengue e não baixarmos a guarda. É este o recado que o Ministério da Saúde quer passar”, ressaltou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O levantamento permite identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor e é realizado pelo Ministério da Saúde, em parceira com as secretarias estaduais e municipais de saúde. Nos municípios em situação de risco, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. Já nas cidades em situação de alerta, o índice de infestação é de 1% a 3,9% e, no caso das cidades com baixo risco, o índice fica abaixo de 1%.

O mapa revela ainda que nas regiões Norte e Centro-Oeste a maior presença do mosquito da dengue está concentrada no lixo. Já no Sudeste e no Sul, a concentração está nos depósitos domiciliares (pratinhos de plantas, calhas, entre outros locais) e no Nordeste o problema é com os depósitos de águas, principalmente as caixas.

Prevenção contra picadas
-Espirais ou vaporizadores elétricos: Devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos da dengue mais picam.

-Mosquiteiros: Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.

-Repelentes: Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.

-Telas: Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.

PARA ELIMINAR FOCOS
-Tampar os grandes depósitos de água como caixas d’água, tanques, tinas, poços e fossas, impedindo que os mosquitos depositem seus ovos.

-Coleta de lixo: a coleta regular de lixo também reduz os possíveis criadouros de mosquitos.

-Remover, enterrar ou queimar o acúmulo de lixo e de detritos em volta das casas que pode servir como excelente meio de coleta de água de chuva.

-Fazer controle químico com larvicidas seguros e fáceis de usar, que podem ser colocados nos recipientes de água para matar as larvas em desenvolvimento.

-Limpar os recipientes de água: Não basta apenas trocar a água do vaso de planta ou usar um produto para esterilizar a água, como a água sanitária. É preciso lavar as laterais e as bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos eclodem e se transformam em larvas.

Fonte: portal.saúde.gov.br

ONDE O RISCO É MAIOR
Altamira, Igarape Miri, Itaituba, Tucuruí e Parauapebas, sendo que esta última está listada entre as 10 cidades brasileiras com população acima de 100 mil habitantes que concentram o maior número de casos.

Números da Sespa são diferentes
Entretanto, os dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) são diferentes dos divulgados pelo Ministério da Saúde. No Pará, 437 casos de dengue foram confirmados apenas neste início de ano - dos quais 135 foram registrados em Belém-, com uma morte confirmada e cinco sendo investigadas.

Segundo a assessoria de imprensa da Sespa, a discrepância verificada entre os dados se deve ao fato de se referirem a períodos diferentes. O ministério adota um sistema de notificação de casos de dengue on-line, feito pelos municípios e divulgou todos os casos notificados de janeiro até o dia 11 de fevereiro. Já a Sespa notifica somente os casos confirmados e os dados se referem ao período de janeiro até 7 passado. A Sespa promete divulgar dados mais atualizados hoje.

No ano passado, mais de 1800 casos da doença foram confirmados em Belém e seis pessoas morreram em virtudes de complicações da doença. O caso mais grave - dengue hemorrágica -, acometeu 12 pessoas em 2011, ano este que teve no mês de fevereiro o período com mais pessoas infectadas pelo mosquito. Em 2012, a ilha do Mosqueiro é a região da área metropolitana onde a doença acometeu o maior número de pessoas, 14 no total, segundo a Sespa.

Após dois dias de muita dor no corpo, febre e manchas vermelhas que coçavam incessantemente, a estudante Evelyn Viana, 21 anos, procurou um posto de emergência do distrito. Ela foi diagnosticada com dengue e demorou a entender como foi infectada.

“Passei um final de semana na ilha de Cotijuba com meus amigos e na casa ao lado da pousada em que ficamos hospedados existiam vários pontos propícios à criação de focos do mosquito da dengue, como latas e garrafas pet. Mas eu não liguei, achei que não fosse acontecer nada”, admitiu a moça. (Diário do Pará)

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