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Jovens marcham em defesa da mulher

Desde que foi criada, há cinco anos, a Lei Maria da Penha, que pune a violência contra a mulher, já registrou 237.271 relatos no Brasil. Dentre as denúncias mais comuns está a violência física, com 141.838 casos. Somente nos seis primeiros meses de 2011,

Desde que foi criada, há cinco anos, a Lei Maria da Penha, que pune a violência contra a mulher, já registrou 237.271 relatos no Brasil. Dentre as denúncias mais comuns está a violência física, com 141.838 casos. Somente nos seis primeiros meses de 2011, o Pará já registrou 214,52 denúncias para cada grupo de 50 mil mulheres, tomando o terceiro lugar no ranking por Estado. Diante dessa realidade, jovens integrantes de algumas paróquias de Belém, marcharam pelas ruas do bairro da Terra Firme evidenciando o protagonismo que as mulheres devem exercer em suas próprias vidas.

Ontem se comemorou o Dia Nacional da Juventude (DNJ). Assim, vestidos com lenços brancos na cabeça, os jovens cantavam e gritavam para alertar a sociedade para a preocupação com uma parcela específica da sociedade, as mulheres. Concentrados em frente ao Canal do Tucunduba, alguns carregavam bandeiras e outros dançavam ao som da música tocada ao vivo no trio elétrico.

Com olhares atentos, moradores do bairro considerado como um dos mais violentos de Belém não só acompanhavam a movimentação como também faziam parte dela. Escorados em uma sacada de madeira, um grupo de meninos batucava o que via pela frente. Com a euforia estampada no rosto, batiam latas, garrafas de refrigerante, baldes. Acomodada às margens do canal, a dona de casa Osvalina Maciel, moradora da Terra Firme, via afastada a animação dos jovens atrás do trio. “Minha vizinha falou que o arcebispo vinha e vim ver”.

LENÇO BRANCO

Sem saber ao certo o tema da caminhada, ela se apressou em colocar também um lenço branco na cabeça do filho pequeno. “Durante anos que moro aqui, não lembro de ver isso”, afirma. “Esse é um bairro que sempre foi tido como muito violento e agora está melhor. É porque coisas boas como essa estão vindo”.

Moradora do conjunto Júlia Seffer, a integrante da paróquia de Sagrado Coração de Jesus Daniella Santana, de 22 anos, aproveitava as palavras de incentivo vindas do trio elétrico para refletir sobre a importância de se combater a violência contra a mulher. “Isso (a marcha) pode ser uma motivação para muitas mulheres saírem dessa situação. Pode ajudar muitas mulheres a tomar coragem para denunciar”.

Para Carlos Gouvêa, 23 anos, que também participava da marcha, há uma ampla necessidade de se discutir o assunto entre os jovens. Participante da marcha há sete anos, através da Paróquia de Santa Edwiges, ele acredita que a mulher jovem enfrenta ainda mais desafios. “Nós jovens sofremos o maior índice de ataques pela violência por falta de políticas públicas”.

Desviando dos caminhões e pedaços de tábuas de madeira, por onde passava, a caminhada deixava nas mãos de cada mulher a cor branca das rosas entregues. Com a sua nas mãos, Maria Jezuína olhava sorridente para a rua da porta da casa de madeira. Aos 75 anos, após criar os filhos e se tornar viúva, ela entendia bem a importância de se propagar o combate à violência contra a mulher. “É importante para fazer as pessoas acordarem”.

(Diário do Pará)

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