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CÍRIO DE NAZARÉ

Professor fala da arquitetura regional no Círio

Nas mãos dos promesseiros do Círio, os objetos chamam a atenção de pesquisadores, como do professor Artur Simões Rozestraten, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Pela televisão, ele conheceu a maior manifestação de

Nas mãos dos promesseiros do Círio, os objetos chamam a atenção de pesquisadores, como do professor Artur Simões Rozestraten, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Pela televisão, ele conheceu a maior manifestação de fé católica dos paraenses e, desde então, passou a observar as maquetes de casas que são produzidas e carregadas por romeiros durante a Procissão. O assunto foi tema da palestra ministrada pelo professor nesta quinta-feira, 6, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (FAU/UFPA).

Segundo Artur Rozestraten, a vinda a Belém também reforça a participação da UFPA na pesquisa, por meio do Laboratório de Memória e Patrimônio Cultural (Lamemo/FAU/UFPA), coordenado pela professora Cibele Salvador Miranda. “Essa parceria traz uma nova dinâmica, novas possibilidades com a colaboração de pesquisadores mais próximos dessa realidade de Belém. Eu almejo que a pesquisa também envolva estudantes de graduação e pós-graduação, como colaboradores de uma intenção investigativa desse fenômeno”, afirmou.

Miriti, madeira, cera ou isopor - De acordo com o pesquisador, os estudos iniciaram em 2010, já no final do seu doutorado, a partir de uma linha de pesquisa relacionada à tridimensionalidade na arquitetura. No caso específico do Círio, são casas feitas de miriti, madeira, cera ou isopor, que ganham pintura e ornamentação. Há, ainda, os objetos que derivam da construção e ganham representatividade, como o tijolo. “Os objetos em escala reduzida têm formas arquitetônicas e se relacionam tanto com a arquitetura real, que é a que a gente vê na cidade, quanto com a arquitetura imaginária, que é uma arquitetura de fantasias, que as pessoas constroem no seu mundo interno”, explica.
A pesquisa sobre os Promesseiros do Círio como portadores de modelos arquitetônicos tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Pró-Reitorias de Pesquisa e de Cultura e Extensão da USP.

Valores culturais – Para o professor Artur Rozestraten, a pesquisa aponta uma expressão caracteristicamente regional nas maquetes produzidas pelos promesseiros. “É uma característica que não se repete em outros lugares do Brasil com essas formas. É muito específica do Pará”, afirma.

Rozestraten explica que o trabalho contribui para o reconhecimento dos valores culturais e patrimoniais, revelando um vínculo com tradições arcaicas que têm origem no mundo antigo. Essas tradições, segundo o professor, sofreram influências de várias culturas, como a indígena e a negra no Brasil. “Estudar esse aspecto também traz uma contribuição para o campo da cultura arquitetônica, relacionada às representações da arquitetura, que são imagens, desenhos, fotografias, vídeos ou objetos tridimensionais, como é o caso dessas maquetes usadas no Círio”, ressalta. (Ascom UFPA)

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