plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 24°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Trabalhadores dos Correios continuam em greve

A rotina intensa da profissão já era conhecida por Cristiano Reis quando ele decidiu se inscrever no concurso público para o cargo de carteiro, mas as difíceis condições de trabalho enfrentadas no dia a dia não eram esperadas. “Hoje eu fui fazer uma e

A rotina intensa da profissão já era conhecida por Cristiano Reis quando ele decidiu se inscrever no concurso público para o cargo de carteiro, mas as difíceis condições de trabalho enfrentadas no dia a dia não eram esperadas. “Hoje eu fui fazer uma entrega de um telegrama na linha vermelha no bairro da Terra Firme e eu tive que pedir ajuda para que um conhecido do bairro me acompanhasse”, conta. “Não tinha como eu entrar sozinho porque, como eu não sou o carteiro desse setor, ninguém me conhece lá e poderiam querer me abordar para ver se tinha algo”.

A insegurança da categoria, que tem como local de trabalho as ruas da cidade, é apenas uma das reivindicações que levou os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos a entrar em greve em todo o Brasil desde a primeira hora do dia de ontem. A paralisação, que atinge os principais serviços prestados pela empresa, também foi presenciada pelas agências do Estado do Pará, onde a projeção é de 60% de adesão.

“A principal reivindicação é a retirada da Medida Provisória 532, votada pela Presidente Dilma, que abre grandes janelas para a privatização do trabalho dos Correios”, afirma o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos no Pará (Sincort-Pa), Tadeu Campos.

Segundo ele, as reivindicações salariais que propõem o aumento do piso da categoria para R$1.600, o reajuste com base na inflação de 7,16% e o aumento linear de R$400 correspondem apenas a quatro itens do acordo coletivo. “A questão financeira é apenas uma parte. Reivindicamos melhores condições de trabalho, melhorias na distribuição domiciliar e contratação de profissionais”.

De acordo com o sindicato, o déficit de profissionais, causado pela não realização de concursos públicos pelo período de dois anos, é outro grande problema enfrentado pela categoria em todo o Brasil, onde o saldo negativo já chega a 23 mil trabalhadores.

Segundo Tadeu, no Pará, onde 50% dos 2.460 servidores são carteiros, esse déficit gera um aumento de 30% na carga de trabalho desses profissionais que atuam no Estado.

A média de entregas no setor onde Cristiano trabalha é de 1.000 correspondências diárias, porém, não é difícil que esse número cresça para 1.500 ao longo do dia. “Não tem mão de obra e, por isso, é comum acumular correspondência”, afirma ele que, apesar de concordar com as reivindicações da categoria, preferiu não aderir à greve. “Eu sou o único carteiro do setor do Marco que não entrou em greve. Não posso sofrer corte no meu salário”.

Diante das reivindicações da categoria, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, não descarta a possibilidade de realizar descontos nos salários dos trabalhadores pelos dias parados. Em nota encaminhada no início da noite de ontem, a Empresa conclama os servidores a encerrar a paralisação, frisando que as negociações sobre o acordo coletivo só serão retomadas após o retorno das atividades. (Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias