Torcedores fiéis viajaram 13h para ver o Águia

Enquanto os marabaenses ainda não acharam o caminho do Zinho Oliveira, um grupo de indígenas da aldeia Xicrin, de Parauapebas, viajou cerca de treze horas especialmente para assistir a partida entre Águia e Luverdense, no sábado (16). Eles afirmam ser torcedores fiéis do Azulão e revelam que a paixão surgiu quando o time representante da região Sul e Sudeste adotou a cidade de Parauapebas como a sua sede em 2008 para disputar a Série C do Campeonato Brasileiro.

“Nossa aldeia fica a dez horas do centro de Parauapebas e depois levamos mais três horas para chegarmos a Marabá. Toda essa viagem vale a pena, pois gostamos de acompanhar o Águia. Sempre que podemos estamos aqui para torcer pelo time”, destaca Katop-ti Xikrin.

Nos últimos anos, o Águia ganhou um concorrente ao espaço no coração dos indígenas. Acontece que o Parauapebas Esporte Clube também entrou na disputa do Campeonato Paraense e este ano estará na primeira fase brigando pelo acesso ao grupo especial. “A gente torce pelos dois clubes, mas como o Águia também está na Série C e disputa competições como a Copa do Brasil, ele ganha uma atenção especial nossa”, ressalta o torcedor indígena.

Apesar da importância da estreia dentro de casa, a torcida aguiana ainda não lotou o Zinho Oliveira, que oficialmente tem capacidade para receber cinco mil pessoas. O borderô registrou a presença de apenas 1.443 pessoas, sendo 1.243 pagantes, que garantiram renda de R$ 18.255. O técnico João Galvão declarou que entende o comportamento do torcedor que anda ausente, já que o time ficou devendo na Copa do Brasil e Parazão 2011. “Quando os nossos resultados forem saindo o torcedor naturalmente vai voltar a lotar o estádio”, prevê. (Diário do Pará)