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Perito aponta deficiência na estrutura de edifício

O laudo pericial que aponta as causas do desabamento do edifício Real Class deve ser entregue hoje à Policia Civil. O relatório da perícia está pronto e nas mãos de Orlando Salgado, diretor do Centro de Perícias Científicas do Instituto Renato Chaves. Por

O laudo pericial que aponta as causas do desabamento do edifício Real Class deve ser entregue hoje à Policia Civil. O relatório da perícia está pronto e nas mãos de Orlando Salgado, diretor do Centro de Perícias Científicas do Instituto Renato Chaves. Porém, nenhum dos dois órgãos sabe ainda como será divulgado o resultado do trabalho feito para identificar como e por que ocorreu o colapso que matou três pessoas no dia 29 de janeiro.

Segundo o perito do CPC Renato Chaves, Dorival Pinheiro, os seis membros da equipe chegaram à conclusão de que o acidente ocorreu por conta de deficiências estruturais e de uma outra situação que não estava no ‘script’. “Vimos uma deficiência na estrutura, na laje do subsolo que todos verificaram quando retiramos as amostras de concreto e ferro para análise no laboratório. O que nós fizemos foi analisar a configuração das peças que sobraram ali, tentando montar a dinâmica do evento. Esse é um dos itens que nos sentimos na obrigação de apontar no laudo”, informou.

Somado a esse item, o laudo aborda outras duas deficiências estruturais e outro item que não foi analisado no trabalho de campo, apenas indicado, como informou Pinheiro: “Nós trabalhamos em cima de conceitos de estabilidade e também de evidências, e esse item era algo que estava lá e foi levantando dúvidas, tanto que muitos depoimentos no inquérito foram direcionados para ele. No laudo estão presentes todos os elementos e eles estão lá para que não restem dúvidas, mas ele deve passar por uma avaliação jurídica do delegado, já que o nosso trabalho é estritamente técnico”.

O perito explica que não foram usados softwares de computador para refazer os projetos. “Analisamos e pesquisamos documentos, projetos e realizamos o trabalho de campo para fundamentar o trabalho. Onde surgiam indícios, íamos analisando, tanto que o laudo ficou com mais de 30 páginas e inclui todas as cópias dos documentos que analisamos ou consultamos”, frisa Pinheiro.

Foram analisados pela equipe do CPC os escombros no local, amostras de ferro e concreto, os projetos de sondagem, fundação, cálculo estrutural e execução do edifício, além de documentos, como o alvará da obra.
O instituto previa entregar o laudo em cinco meses, mas esse prazo foi antecipado, e agora ele vai ser entregue ao delegado Rogério Moraes, que preside o inquérito sobre o desabamento. O delegado disse ainda não saber como e quando vai receber a conclusão da perícia, mas afirmou que o laudo será anexado à investigação. Ele não divulgou data prevista para a conclusão do inquérito.

O ‘RAIO-X’ DO DESABAMENTO

O QUÊ?

Edifício Real Class, de 34 andares. Foi projetado para abrigar 60 apartamentos ao custo de R$ 500 mil, cada.

QUANDO?

A queda aconteceu por volta das 14 horas do dia 29 de janeiro, sábado. Na hora, caia uma forte chuva sobre a capital, com ventos de 40 km por hora, segundo o serviço de meteorologia.

COMO?

As versões são contraditórias. Falou-se, inicialmente, em raio e na força do vento. Há também as hipóteses de erro de cálculo e erro de fundação.

ONDE?

O prédio foi erguido na Travessa 3 de Maio, entre as avenidas Governador José Malcher e Magalhães Barata, no bairro de São Brás, área nobre da capital.

POR QUÊ?

Sete engenheiros da UFPA fizeram um laudo apontando um único culpado: o engenheiro Raimundo Lobato, responsável pelo cálculo estrutural (apartamentos) da obra. O Instituto Renato Chaves, cujo laudo é o que vale para efeito de processo judicial, deve divulgar o resultado no final da semana. A empresa Real Engenharia também encomendou um laudo, mas não se sabe quando será divulgado.

RESULTADO

A morte de três pessoas: Maria Raimunda Santos, 67 anos, moradora de uma casa ao lado que foi soterrada, e os operários Manoel Raimundo da Paixão e José Paula Barros. (Diário do Pará)

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