plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 24°
cotação atual R$


home
POLÍCIA

Quadrilhas barbarizam sobre duas rodas

Roubo de motos, clonagem de motos, quadrilhas especializadas em roubos, uso da moto para execuções e assaltos, por vezes para adquirir outras motos, entre outros crimes, são notícias comuns nos noticiários policiais. De acordo com o Dicionário Aur

Roubo de motos, clonagem de motos, quadrilhas especializadas em roubos, uso da moto para execuções e assaltos, por vezes para adquirir outras motos, entre outros crimes, são notícias comuns nos noticiários policiais. De acordo com o Dicionário Aurélio, motocicleta ou simplesmente “moto”, “é um veículo de duas rodas acionado por um motor de explosão”. Este meio, além de ser de grande praticidade nas vias de uma cidade nos horários de “rush”, é também bastante usado para cometer crimes.

Segundo informações da Polícia Civil e Militar do Estado do Pará, muitas vezes, ao roubar uma moto, o criminoso não tem em mente apenas a venda do veículo roubado, mas sim enviá-lo para outros municípios do interior do Pará e até para outros estados.

As equipes do DIÁRIO DO PARÁ encontram, com regularidade, nas delegacias da região metropolitana de Belém, situações de assalto com o uso de motos, às vezes para obter outras e, em muitos casos, usadas por adolescentes.

Mas para acabar esse tipo de crime, a polícia avisa que está combatendo esses criminosos. “A DFRV está atuando em locais mais propícios para este tipo de crime como no Paar, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Mas dependemos bastante da denúncia da população pelo 190 ou pelo disque denúncia, ligando para o 181”, disse o delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), Marco Antonio Duarte.

AS 4 ETAPAS

Segundo ele, as quadrilhas se especializam cada vez mais, sendo que “são quatro etapas: a primeira é o assalto na rua, o roubo da moto. A segunda etapa é o receptador que pega a moto e manda parte para a terceira etapa que é responsabilidade de um mecânico, chamado de ‘Pino’. O ‘Pino’ é quem adultera a numeração do chassi da moto, altera a placa e a última etapa é o falsário do bando, conhecido como ‘dute’. É o ‘dute’ que altera a documentação da moto e a torna uma moto dublê, ou seja, uma moto que aparentemente não tem nenhuma procedência criminosa e parece um veículo legalizado”, afirmou o delegado.

Segundo ele, devido a este processo, muitas vezes a pessoa que compra o veículo em outras cidades do estado nem questiona a origem do produto adquirido. “Muitas vezes a pessoa que compra nem percebe que a moto é roubada devido ao avanço da autenticidade que a documentação do veículo tem e acaba sendo vítima sem saber”, afirmou o delegado.

Marco Antônio acrescenta que os modelos mais “procurados” pelos criminosos são a Honda Broz, a Honda CG125 e a Honda Fan 150. “Normalmente essas motos são mais procuradas para compra e são essas as motos mais roubadas dos cidadãos nas ruas”, disse o delegado titular.

Ele enfatizou também que a pessoa que tiver a moto roubada deve ir imediatamente à sede da DFRV para registrar o roubo. Marco Antônio Duarte cita algo bastante preocupante.

“Como a moto obteve uma facilidade de compra nos últimos anos, tem bastante viabilidade nas ruas e os bandidos têm menos dificuldades para empreenderem fuga, na maioria dos casos adolescentes estão envolvidos no ato desses roubos”, disse o delegado.

Em diversos casos, prossegue o policial, pessoas que fingem trabalhar como mototaxistas também utilizam o serviço regulamentado em vários municípios para cometer crimes.

O presidente da Federação dos Mototaxistas do Estado do Pará, Raimundo Nonato Alves, explica que para combater a situação é necessário ser feita uma fiscalização mais rígida nas ruas pelos órgãos competentes e as prefeituras devem regulamentar o serviço.

“No município de Ananindeua, quando a prefeitura regularizou a atuação dos mototaxistas nas ruas, o número desse tipo de crime reduziu bastante”, diz Alves.

Assassinos usam motos para fugir

Segundo Marco Antônio, a DFRV está integrada com delegacias no Estado do Pará como de Abaetetuba, Bragança, Barcarena, e avisa que, através da repressão, vai combater as quadrilhas e os crimes em todo o estado. “Nós trabalhamos por meio de investigações para acabar com essas quadrilhas em todo o Pará”.

Nas ruas, a polícia atua diariamente no combate a esses criminosos. Como já foi citado, o foco dessas quadrilhas de roubo de moto, bem como o maior índice de assaltos, fica na região de Ananindeua. O jornal DIÁRIO DO PARÁ conversou com o comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, Major Brasil, e ele nos deu informações sobre o trabalho intensificado na região do município, em combate ao roubo de motos.

De acordo com ele, esse tipo de crime na região está relacionado diretamente com o índice de homicídios na área, que mesmo sendo reduzidos, em 60% deles foram utilizadas motocicletas. “Segundo dados oficiais da Polícia Militar, nos três primeiros meses deste ano houve uma redução significativa no índice de homicídios na região, comparado ao mesmo período de 2010. Em 60% desses casos a moto foi utilizada para efetuar o crime, seja para matar um bandido ou um cidadão de bem. E, como sabemos, a moto é um veículo mais visado por bandidos e ajuda na fuga, principalmente em locais de difícil acesso”, alegou o comandante.

Ainda de acordo com o major Brasil, diariamente são realizadas operações em diversas áreas do município de Ananindeua para combater a criminalidade na área. Para ele, as áreas mais problemáticas são os bairros do Icuí - Guajará, e 40 Horas, onde estão os focos de maior ação da polícia. “Agimos constantemente nesses bairros porque é onde estão os maiores números de assalto e de quadrilhas de roubo de moto. Já desmontamos várias quadrilhas nessas áreas. Mas é importante frisar que o nosso trabalho depende bastante da colaboração da população, que ajuda denunciando onde tem uma oficina suspeita, casa, terreno, quintal, que poderia ser um ponto de desmanche de motos roubadas”, disse o comandante.

O policial apontou que a denúncia da população também pode ser feita diretamente pelo telefone do oficial interativo (número de telefone que fica no vidro traseiro das viaturas que fazem ronda nas ruas) e também pelo 190. (Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Polícia

Leia mais notícias de Polícia. Clique aqui!

Últimas Notícias