Praças de Belém estão tomadas por mato e lixo

Os filhos da comerciante Darli Barra ganharam bicicletas de presente recentemente, mas não podem usufruir dos brinquedos, que ficam trancados no quarto. Da sacada de casa, as crianças apenas olham para a praça que fica bem em frente. O espaço que seria ideal para a brincadeira, se não estivesse abandonado.

“Eles não podem andar porque não dá para vê-los brincando, de tanto mato que tem aí”, conta a mãe das crianças. O local em questão é a praça Marajó, no conjunto Marex. A quantidade e altura do mato impressionam, chegam a ocultar uma pessoa pequena. No centro da praça, existe uma pequena “clareira”, onde um dia existiram brinquedos para as crianças.

“Esse mato até facilita os assaltos porque dá para se esconder aí. Nem banco essa praça tem mais”, conta Edil Pacheco, morador do local há 15 anos.

A quadra de futebol da praça também está rodeada pela plantação e afasta as crianças que querem utilizar o espaço de lazer. “Não dá para brincar no meio desse mato, atrapalha muito. A gente sempre procura outro lugar”, diz Lucas Tavares, de 12 anos. “Esse lugar tá sempre ruim, não dá mesmo para usar”, completa Mário Barbosa, de 10 anos de idade.

Outra situação demonstra que o espaço está sendo utilizado para outros fins: materiais de construção, como areia e tijolos, são armazenados no meio da praça. “Já que não tem utilidade, mesmo, as pessoas usam o lugar”, afirma Darli. Leia mais no Diário do Pará