Após um período de turbulência em campo, com eliminação precoce na Copa do Brasil, derrota em clássico e um breve momento sem vitórias, o Clube do Remo conseguiu passar por cima das dificuldades e confirmou, no último final de semana, a sua participação nas finais do Parazão, na tentativa de manter o seu título, uma vez que é o atual campeão da competição. E o fato de poder brigar pelo caneco neste ano é algo a ser comemorado pela agremiação, devido aos altos e baixos apresentados até aqui nas quatro linhas.
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A reportagem do Bola fez um balanço dos prós e contras do grupo até o momento. No quesito improdutividade, o meio de campo ganha disparadamente dos demais setores. Com cinco jogadores no revezamento na função de articulador (Diogo Sodré, Dedeco, Echeverría, Lailson e Douglas Packer) da equipe, nenhum conseguiu efetivamente criar jogadas que culminaram em gol com a bola rolando. Echeverría, por exemplo, dos três gols que anotou, dois foram de pênalti; Packer de falta; Samuel de fora da área. Dos 17 tentos marcados pelo Leão, dois foram marcados com assistências dos profissionais do meio-campo, sendo os dois em cobrança de escanteio, com Douglas Packer e Sodré, para o cabeceio de Emerson Carioca.
A falta de criatividade no centro reflete o baixo aproveitamento no ataque, que tem se encostado no setor de apoio para não ocupar um local de menor produtividade. No entanto, a briga é forte. A zona ofensiva testou sete jogadores, dos quais apenas quatro balançaram as redes – Mário Sérgio, Gustavo e Carioca, duas vezes; e Alex Sandro uma vez. Alguns jogadores acabaram nem sendo mais relacionados por causa da pífia participação quando acionados, como os casos de Henrique e David Batista. Este último, aliás, foi contratado para ser o homem-gol do time, conforme anúncio de contratação.
SALVADOR DA PÁTRIA
Com a ineficácia dos setores ofensivos, o Remo soube administrar a falta de qualidade com os jogadores de defesa. O time possui o melhor sistema defensivo da competição, com apenas seis gols sofridos. Mesmo com o suporte dos zagueiros, o feito se deve mais ao talento individual do goleiro Vinícius, que tem se notabilizado pelas defesas milagrosas e é, por várias vezes, o principal nome do time e responsável direto pela classificação à decisão. O arqueiro, embora ciente do seu papel para o coletivo, novamente mostra humildade e aposta no poder do conjunto para a conquista da sua segunda taça no Baenão. “A gente entende que tem tempo para poder chegar no nosso melhor. Mas o time evoluiu com o Márcio. O que a gente precisa é trabalhar mais para ajustar alguns pontos para não falhar em campo”, comenta o camisa 1.
Produtividade azulina até o momento, por zona:
- Defesa: o setor defensivo azulino é o único até o momento que disfruta de críticas positivas, especialmente pela contribuição excepcional de Vinícius, que, para muitos é o melhor jogador da competição. Mas os zagueiros também têm suas parcelas de contribuição. Como no caso de Kevem e Rafael Jansen, que já marcaram até gols e acabam fazendo outras funções em campo, a exemplo de Jansen na ala-esquerda.
- Meio de campo: sem dúvida, o pior setor. Baixa qualidade na criação, desorganização na parte defensiva, desentrosamento e péssima saída de bola. O setor deu uma respirada com a contratação de Douglas Packer, mas ele é um só e ainda atuou mal no domingo passado, ou seja, é preciso bem mais para melhorar.
- Ataque: o ataque azulino tem sido inofensivo na maioria das partidas. Com erros no último toque e sem noção de espaço para servir de opção, os avançados não honraram a camisa em momentos importantes, saindo como meros coadjuvantes de campo.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)
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