Mesmo com a necessidade de reverter o placar, treinador pede calma e apoio da torcida

“Desesperar jamais/Aprendemos muito nesses anos/Afinal de contas, não tem cabimento, entregar o jogo no primeiro tempo.” É assim, como nos versos do compositor Ivan Lins, na letra de Desesperar Jamais, sucesso na voz da cantora Simone, que o técnico Léo Condé busca incentivar seus jogadores para a partida de volta, contra o Independente, segunda-feira (8), na Curuzu, valendo vaga na final do Parazão.

Com a derrota por 3 a 1 sofrida na partida de ida, em Tucuruí, o Papão terá de vencer por diferença de, no mínimo, três gols, para ir à final do campeonato. Vitória por apenas dois gols levará a decisão para os pênaltis.

O treinador, ainda apoiado na canção de Lins, não quer ver o Papão correndo da raia e nem morrendo na praia, como recomenda o compositor. E para isso, Condé dá como exemplo as situações adversas enfrentadas pelo próprio Papão, em 2018, quando eliminou o Bragantino, na semifinal do Estadual, depois de ter perdido o jogo de ida em Bragança.

“Temos o exemplo do ano passado e vamos procurar repeti-lo”, salientou o treinador, também se inspirando no jogo em que o Atlético-MG virou o placar, na quarta-feira, contra o Zamora (VEN), pela Libertadores.

“O Atlético virou o primeiro tempo perdendo de 2 a 0 e conseguiu reverter o placar em uma Copa Libertadores. Temos 90 minutos para reverter esse quadro”, disse Condé. Sabendo da necessidade da boa diferença de gols a favor de sua equipe, o treinador, desde o final da partida em Tucuruí, já começou a trabalhar o lado emocional de seus comandados.

“Temos de jogar agredindo o adversário sem desespero”, ensinou. “Precisamos ter o torcedor nos apoiando do início ao fim do jogo.Temos capacidade e a equipe já mostrou isso ao longo da competição”, ratificou Condé.

SUPERAÇÃO

O comandante bicolor recomendou a seus jogadores que mostrem o espírito de superação. “Foi a primeira derrota e agora é o momento dos jogadores assimilarem o golpe sofrido. É levantar e continuar. O futebol não é feito só de vitórias. Os tropeços também existem”.

(Nildo Lima/Diário do Pará)