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PARÁ

Campeão em 2017, Pinheirense começa Série B do Brasileirão Feminino com a Esmac

No final do mês, Pinheirense e Esmac começam a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol. Serão 36 times em uma corrida pelas quatro vagas para a primeira divisão do ano que vem. As duas equipes paraenses tentam repetir o feito do pr

No final do mês, Pinheirense e Esmac começam a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol. Serão 36 times em uma corrida pelas quatro vagas para a primeira divisão do ano que vem. As duas equipes paraenses tentam repetir o feito do próprio General da Vila, que em 2017 conquistou a competição, sendo rebaixada novamente para a Segundona ano passado. No entanto, mais do que a disputa em campo, há uma no dia a dia, com as dificuldades que a modalidade apresenta.

Com exceção do Paysandu, que mês passado criou uma diretoria de futebol feminino, os demais clubes têm dificuldades estruturais consideráveis. Se for levado ao pé da letra o conceito de profissionalismo, apenas o Papão se aproxima dele, com a maioria das atletas recebendo uma ajuda de custo fixa todos os meses.

A remuneração escassa ou até inexistente se alia a outros problemas, como falta de locais apropriados para treinos técnicos e físicos, falta de interesse que vem desde a CBF até às federações, como a FPF, até questões culturais. É fato que o futebol feminino ainda não criou um costume com a torcida, também com crescimento ainda tímido da quantidade de atletas que procuram o esporte.

Esse ano, o desafio dos times paraenses será bem mais difícil. Isso porque, em janeiro de 2017, a CBF impôs que, a partir de 2019, os times que não tivessem uma equipe de futebol feminino participando de competições nacionais estariam proibidos de disputar a Copa Libertadores. Ou seja, todos os clubes da Série A criaram seus departamentos de futebol feminino. Com isso, a Série B terá esse ano clubes como Palmeiras-SP, São Paulo-SP, Vasco-RJ, Botafogo-RJ, Atlético-MG, Cruzeiro-MG, Grêmio-RS, entre outros.

A segunda divisão terá 36 participantes e inicia dia 27 de março. Serão os 27 campeões estaduais na modalidade em 2018, dois vindos da Série A e sete clubes melhores colocados no ranking nacional de clubes de 2019 do masculino. Serão seis grupos de seis clubes cada, que jogam entre si em turno único. Os 16 melhores colocados avançam à segunda fase, ou seja, os dois primeiros colocados de cada grupo e os quatro melhores terceiros. A partir daí, jogam em sistema de mata-mata, ida e volta, até a final. Os quatro semifinalistas garantem acesso à elite.

GRUPOS - PARAENSES

Grupo 1

l Esmac
l Ceará-CE
l Oratório-AP
l Santa Quitéria-MA
l São Valério-TO
l Tiradentes-PI

Grupo 2
l Pinheirense
l 3B-AM
l Atlético-AC
l Operário-MT
l Porto Velho-RO
l São Raimundo-RR

ESMAC

Educação aliada ao esporte é a norma

Dentre os clubes que disputam o Campeonato Paraense, a Esmac tem um atrativo a mais: a formação superior. Não há salários para as jogadoras, mas todas ganham bolsa integral na faculdade. “Nossa equipe está junta há três anos. Aqui há um diferencial porque todas as atletas têm bolsa integral na faculdade, o que faz com que elas fiquem e fortaleçam nosso grupo, que está há três anos junto e em seu melhor momento”, explica o treinador Mercy Nunes.

Para ele, o time tem condições de ir longe em face dos adversários que terá pela frente no início. Sobre as fases principais, o técnico ressalta que, de fato, os adversários têm estruturas muito melhores e investimentos totalmente fora da realidade paraense, por isso conta, inclusive, com uma ajudinha da sorte. “Nosso grupo nos dá uma boa expectativa de classificação”, disse. “Quando afunilar, teremos pela frente equipes com estrutura muito maior que as nossas. Mas numa segunda fase os adversários serão sorteados e podemos dar sorte de pegar equipes menos fortes”, completou Nunes. Sobre a estrutura, o treinador explica que muitas coisas são conseguidas através de parcerias com a faculdade, que faz com que as jogadoras tenham acompanhamento médico, fisioterápico e fisiológico, por exemplo. “Temos uma estrutura pequena, mas nos deixa à frente da maioria dos outros times no estado. Esse suporte da educação é importante para uma carreira que é curta”, afirma o treinador da equipe.

Pinheirense tenta driblar a falta de recursos para montar uma equipe competitiva

Depois de conquistar a Série B em 2018, o Pinheirense praticamente remontou seu elenco para o ano seguinte, assim como uma nova comissão técnica. A falta de investimentos e o trabalho não apropriado custaram o rebaixamento, com uma campanha muito ruim, caindo parra a segunda divisão com duas rodadas de antecedência, com 14 derrotas em 14 jogos.

Em 2019 o General da Vila está na véspera de iniciar o campeonato e ainda formando o elenco. “Estamos com dificuldades em encontrar atletas, mas temos uma base com 20 jogadoras. Como estamos há duas semanas da competição, não tem como fazer uma peneira”, comentou a coordenadora de futebol do clube, Izabel Luna.

Desse grupo, muitas ainda são da categoria sub-20. Mas há uma espinha dorsal ainda do título nacional. É nela que o técnico Amaury Pedrosa deposita as esperanças numa boa competição. “Esse grupo é bom, que trabalhou com a professora Aline (Costa, treinadora do título nacional) e com alguns reforços para que a gente possa dar sequência nas vitórias”.Pedrosa relata as intempéries encontradas na preparação de um elenco de futebol feminino no Pará. “As dificuldades que passamos no dia a dia é de conseguir contratar jogadoras. O clube tem poucos recursos e as pedidas são altas, por isso montamos um elenco caseiro”.

Mesmo com as dificuldades, Izabel Luna mostra confiança de que o time de Icoaraci pode ir longe no Brasileirão, inclusive indo para a disputa da taça. “Nossos adversários da primeira fase são do mesmo nível do Pinheirense. Nossa expectativa é se classificar e voltar a brigar pelo título. Como teremos três jogos em casa, se conseguirmos o dever de casa dá para chegar. Isso é uma vantagem para a gente”.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

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