Jogadores do Bicola ainda precisam se adaptar ao clima e o temperatura paraense

Espécie de adversário extra para quem vem jogar futebol profissional em Belém, o clima quente e úmido costuma fazer vítimas, com muitos desses atletas não conseguindo se adaptar ao ambiente e, consequentemente, deixando de render o esperado. Os atletas vindos do Sul do País, região quase sempre com temperatura baixa, normalmente são aqueles que mais sofrem. E no elenco do Paysandu para essa temporada o que não falta é sulista. Entre os 19 jogadores anunciados como contratados do clube, cinco são da parte de baixo do mapa brasileiro.

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São cinco atletas naturais do Rio Grande do Sul (Bruno Collaço, Micael, Nicolas e Fábio Alemão) e um de Santa Catarina (Paulo Henrique). A lista deverá crescer nos próximos dias, visto que o meia Thiago Primão, nascido em Curitiba, capital do Paraná, já treina com o elenco, aguardando apenas a sua transferência do futebol da Letônia, onde atuou em 2018 pelo Riga. Os sulistas ainda não sentem tanto a diferença de clima em função do tempo chuvoso do período na capital paraense, mas já foram alertados sobre o calor local.

“O pessoal fala que depois o bicho pega”, disse o lateral-direito Bruno Collaço, nascido na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. O atleta costuma trocar figurinha com os companheiros sobre o clima de Belém. “Eu estava conversando com o Micael. A gente estava vendo na TV que aqui parecia Caxias do Sul. Neblina e tudo mais. Então a gente está aproveitando, mas sabendo que a tendência é esquentar cada vez mais”, comentou Collaço, cujo interlocutor era outro gaúcho, só que natural da cidade de Campo Bom.

ACOSTUMADO

Enquanto os de fora têm o tempo como adversário a ser driblado no novo clube, os atletas locais, obviamente, estão em casa, sem ter do que reclamar. É o caso, por exemplo, do atacante Elielton, nascido em Alenquer, município do Baixo-Amazonas. “Os jogadores que vêm de fora são mais acostumados a jogar em gramado seco. E aqui começa o período de chuva e os gramados ficam complicados para jogar”, observou o jogador, que garantiu estar auxiliando os companheiros sobre a questão. “A gente procura ajudar”, disse.

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Marcos Antônio “caiu como um presente”!

A contratação do volante e meia Marcos Antônio, recém-anunciada pelo Paysandu, de acordo com o técnico João Brigatti, não figurava nos planos da comissão técnica e da diretoria do clube. O jogador de 30 anos, segundo o comandante bicolor, “caiu como um presente” para o elenco do clube.

“O Marcos Antônio não estava na nossa lista, mas de repente caiu nas nossas mãos”, informou o treinador Brigatti, que não poupou elogios ao atleta que terá que mostrar nos treinos e, principalmente nos jogos da equipe, não ser nenhum “presente de grego”.

“Teve amigo meu de Alagoas não acreditando que esse jogador estava vindo para o Paysandu”, afirmou o técnico, que ganha um só jogador como opção para atuar como volante, posição originária de Marcos Antônio, e meia de ligação. O comandante bicolor espera, agora, que os deuses do futebol voltem a colaborar com ele,

disponibilizando no mercado da bola um lateral, de preferência que saiba atuar nos dois lados do campo e que esteja dentro do apertado orçamento financeiro do clube.
“Ainda vamos contratar pelo menos mais um lateral. Esperamos ter a mesma sorte que tivemos no caso do Marcos Antônio”, disse. No momento, Bruno Oliveira aparece como único jogador da posição no elenco do clube que, em 2018, teve Matheus Silva, hoje no Bahia, e Maicon Silva, contratado pelo Botafogo-SP.

(Nildo Lima/Diário do Pará)