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Fake news fez lutadora paraense que bateu em ladrão temer prisão

A lutadora brasileira do UFC Polyana Viana virou assunto nesta semana por ter reagido a uma tentativa de assalto e imobilizado o assaltante no Rio de Janeiro. Porém, após o episódio, ela levou um grande susto ao se deparar com a notícia de que um promotor

A lutadora brasileira do UFC Polyana Viana virou assunto nesta semana por ter reagido a uma tentativa de assalto e imobilizado o assaltante no Rio de Janeiro. Porém, após o episódio, ela levou um grande susto ao se deparar com a notícia de que um promotor de Justiça teria pedido a sua prisão por supostamente ter praticado crime de lesão corporal e "excesso de legítima defesa".

O texto viralizou nas redes sociais e atingiu quase 20 mil compartilhamentos no Facebook. A mensagem dizia que um promotor identificado como Jean Carlos Rosário afirmou que a lutadora teria cometido um crime e poderia pegar de dois a oito anos de prisão.

A notícia falsa contra Polyana trouxe uma série de problemas. A lutadora foi avisada por uma amiga na segunda-feira à noite. A atleta acreditou que pudesse ser verdade e passou uma noite sem dormir com medo de ser presa. Para piorar, o boato chegou até sua família que mora no Pará. A mãe Marli e a irmã Ana Paula tiveram uma crise de desespero e chegaram a passar mal. Demorou dois dias até que tudo fosse esclarecido.

"Eu me assustei na hora. Mandei para o meu professor, empresário e um monte de gente para ajudar e ver se tinha algo no meu nome. Pensei que devia ter chegado alguma notificação na minha caixa de correio. Passei quase a noite toda acordada. Demorei muito para dormir e acordei muito cedo com medo. Pensei que realmente seria presa".

"De manhã mandei um áudio para minha mãe não ficar preocupada. Mas ela não viu e soube da notícia. Quando tentou falar comigo, eu estava treinando e não atendi. Ela achou que eu tinha sido presa. Minha irmã me ligou 20 vezes. Elas ficaram desesperadas e passaram mal. Fiquei muito preocupada, mesmo agindo em legítima defesa", disse ela que só ficou mais tranquila na tarde desta quarta-feira quando um jornalista a ajudou a averiguar a informação.

SEMANA TUMULTUADA

A semana de Polyana não foi fácil. A notícia falsa foi criada após sua reação à tentativa de assalto, na noite do último sábado, ter ganhado grandes proporções. A lutadora esperava um carro da Uber em frente à sua casa do bairro de Jacarepaguá quando notou a presença do suspeito que se aproximou e, primeiramente, perguntou as horas. Depois ele anunciou o assalto e a lutadora disse ter percebido que a arma não era verdadeira. Assim, reagiu com dois socos e um chute.

"Quando ele perguntou a hora, falei e fui guardando celular. Ele falou que estava armado e que não era para tentar reagir e colocou a mão em uma arma. Quando eu vi que não era de verdade, pensei que pudesse ser uma faca ou caco de vidro. Ele estava bem do meu ladinho, então dei dois cruzados e um chute, ele tomou um mortal. Ele ficou tentando sair, puxando meus braços. Eu usei o mata-leão para imobilizar e, como ele estava sangrando muito, troquei o golpe. Pedi para o motoboy chamar a polícia".

A repercussão foi grande. As redes sociais e o celular de Polyana foram inundados com mensagens de apoio e pessoas que passaram a idolatrá-la. Ela vai até participar do programa "Encontro com Fátima Bernardes", na TV Globo, nesta quinta-feira.

"Não acho que fui um exemplo, mas fiz uma coisa que muita gente queria fazer. O vagabundo chega e te xinga, pega seu pertence que você suou tanto para comprar e quer te amedrontar. Só quer te fazer medo, principalmente as mulheres".

Apesar de a reação ter dado certo, Polyana não aconselha as pessoas a fazerem o mesmo. Ela, inclusive, chegou a conversar com algumas seguidoras. Polyana também diz não ter opinião sobre a liberação do porte de armas.

"Não agi por impulso, foi um pouco de instinto, mas eu pensei um pouco. Mas não aconselho as pessoas a fazerem isso. Deu certo, mas poderia não ter dado. O cara pode estar com um parceiro perto, pode conseguir sair, pode estar com uma arma de verdade. Li alguns comentários. Gostei dos elogios, das mulheres falando que é empoderamento. Mas vi comentários de algumas meninas dizendo que o desejo delas para 2019 é quando vir um ladrão fazer isso. Até respondi algumas: 'pelo amor de Deus, não faça isso'. Eu treino todos os dias, o dia todo".

Enquanto se recupera do susto, Polyana mantém sua rotina de treinos. A atleta de 26 anos tem sua próxima uma luta marcada para o início de março contra Hannah Cifers, em Las Vegas-EUA. Ela lutou pela última vez em agosto de 2018, quando perdeu para JJ Aldrich por decisão unânime no UFC 227. Em fevereiro, ela venceu Maia Kahaunaele-Stevenson no UFC Fight Night 125.

(FolhaPress)

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