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ESPORTE PARÁ

Clube do Remo: por um 2019 de sonhos realizáveis

Com 2019 iniciando, as resoluções de ano novo pelo lado azulino do Pará tem de ser de muita melhoria. Se 2018 terminou com alguma alegria para o torcedor do Clube do Remo, foi mais pela infelicidade do maior rival do que pelos feitos conquistados em campo

Com 2019 iniciando, as resoluções de ano novo pelo lado azulino do Pará tem de ser de muita melhoria. Se 2018 terminou com alguma alegria para o torcedor do Clube do Remo, foi mais pela infelicidade do maior rival do que pelos feitos conquistados em campo. Nesse saldo, se destacam um título estadual e a fuga quase heróica do rebaixamento para a Terceira Divisão. Mas, é consenso que é muito pouco e é preciso sonhar mais alto.

Como é comum em toda passagem entre fim de temporada no futebol paraense, se trabalha com terra arrasada. A base que permaneceu é mínima e 16 jogadores foram contratados, sendo que essa quantidade deve aumentar ainda para o Campeonato Paraense. O que de principal ficou em relação a 2018 foi a permanência do técnico João Nasser.

Neto, como é mais conhecido, faz parte de um grupo que vem sendo mais comum no País desde que Fábio Carille deixou de ser auxiliar técnico para assumir o Corinthians-SP e levá-lo ao título nacional de 2017. De lá para cá, todos os clubes buscam a “Solução Carrile”, que é a efetivação de um novato que leve um elenco limitado muito mais longe do que se espera.

João Nasser veio do futsal, foi analista de desempenho, técnico da base e pegou uma “batata em chamas” ano passado para salvar o Leão da queda eminente para a Série C, o que conseguiu ao montar um time surpreendentemente bem organizado em campo para o pouco tempo de treinamento que teve.

O perfil da maioria dos atletas contratados que cabem no bolso azulino deixa claro que o trabalho será mais voltado a um time bem armado e entrosado do que na solução vinda de um grande jogador. Tudo indica que nenhum torcedor irá a campo em busca de uma jogada de craque e sim de uma equipe solidária.

Nasser sabe que, a despeito do que tem feito de bom até aqui, ele será julgado tão logo os jogos comecem. E só há dois veredictos em casos como esse. “O que foi feito atrás fica lá, no passado. Começamos uma nova etapa e temos que ganhar. A rotina do futebol é essa, que só fica num clube quem vence. Temos que encarar essa realidade”, diz Neto.

OBJETIVO

O comandante azulino está ciente que o principal objetivo do ano é a Série C. O mínimo é uma campanha boa, sem aperreios como a de 2018, no entanto o esperado pela torcida é o retorno para Série B, competição que o Remo não disputa há 11 anos. “Temos que pensar passo a passo. Os primeiros campeonatos são sempre os mais importantes. Óbvio que há uma competição mais importante, mas para o Remo é uma obrigação se sair bem em todos”.

AS ALEGRIAS DE 2018

- Além da queda bicolor para a Série C, que vai garantir para 2019 o clássico Re-Pa por um Campeonato Brasileiro após 13 anos, os remistas tiveram uma grande alegria no ano que foi a conquista do Parazão, em especial por ela ter vindo após quatro vitórias sobre o maior rival.

- O primeiro clássico foi realizado no dia 28 de janeiro, com o Remo vencendo por 2 a 1 com um gol nos acréscimos. O segundo foi no dia 11 de março, com 1 a 0. O terceiro e quarto encontros aconteceram na decisão. No domingo de Páscoa, 1º de abril, mais um 2 a 1 para o Leão.

- Uma semana depois o Leão impediu o tri bicolor com um gol do centroavante Isac.

Em tempo, esse ano pode ter até 10 clássicos, levando-se em conta as fases de classificação e finais dos campeonatos Paraense e Brasileiro, além da possibilidade da realização da Copa Verde.

Acesso e sair do vermelho na lista de desejos


Presidente do Remo, Fábio Bentes busca parcerias para reequilibrar finanças do clube (Foto: Wagner Santana)

Quando a atual diretoria assumiu o Remo para o biênio 2018/19, só então se deu conta que o buraco era mais fundo do que esperava. O clube foi encontrado com sete parcelas da Justiça atrasadas, quase dez do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), acordos que não foram feitos com atletas, entre outros problemas.

As duas primeiras fases da Copa do Brasil estão atualmente com as cotas bloqueadas, assim como os patrocínios da Funtelpa e do Banpará, ambos apoiadores do Campeonato Paraense. Sem falar que o Remo tem um acordo na Justiça do Trabalho que destina 30% das rendas dos jogos diretamente para as ações ajuizadas no tribunal. Por fim, os patrocínios das mídias sociais foram também bloqueados parcialmente pela justiça de São Paulo, pelo não pagamento do empréstimo do lateral esquerdo Mateus Muller, que defendeu o Leão Azul em 2015.

“A situação não é fácil, mas o Fábio (Bentes, presidente azulino) tem procurado parcerias, soluções para que esses problemas sejam sanados o quanto antes”, comenta Dirson Medeiros, membro da diretoria de futebol do Remo.

Ele garante que dentro da diretoria impera um pensamento idêntico ao dos jogadores, de que o clube está no caminho certo em busca de sua recuperação financeira, estrutural e técnica.

ORGANIZAÇÃO
Para Medeiros, há um consenso entre seus pares que o Remo precisa se organizar para poder voltar à Segunda Divisão para, uma vez lá, conseguir sua estabilidade financeira para pensar mais alto. “Estou com um pensamento muito positivo para os próximos dois anos. O elenco está ficando forte e a torcida entendeu nossa proposta. A cada dia avançamos um degrau para nos estruturarmos, subirmos e ficarmos um tempo na Série B”.

Série B significa um lugar ao sol

Para quem veio com o objetivo de fazer a diferença dentro de campo, o discurso estava na ponta da língua de que o projeto do Remo para 2019 foi o que o atraiu a vir a Belém. Ninguém que foi contratado pode dizer que ainda não está à espera de algum lugar ao sol no futebol brasileiro. De gente que já sentiu o gosto do acesso a quem está dando os primeiros passos na carreira profissional.

“Vim para cá porque há um projeto bem definido. Isso me atraiu. Acredito que todos que vieram pensam assim, em chegar longe e conquistar títulos”, confirma o lateral esquerdo Ronael, que conseguiu o acesso para a Série C pelo Cuiabá-MT, mas acabou não renovando com o clube.

O atacante Alex Sandro, de 23 anos, é um dos que espera a grande oportunidade de se destacar por um clube de massa e alçar voos mais altos. Ele garante que a busca por um 2019 melhor passa pela cabeça de todos que estão no elenco, e isso quer dizer se sair bem em todas as competições da temporada. “O Remo tem que chegar em todas as competições. É um time grande e de torcia imensa. Nós aqui todos temos esse objetivo que é conquistar títulos e o acesso para a Série B”.

Ronael salienta que esse pensamento geral tem feito que o empenho e a dedicação em todos os treinos tenham apenas aumentado a cada dia que passa. “A prioridade é estar sempre bem para poder ajudar. Teremos quatro competições muito importantes pela frente e é nossa obrigação irmos fortes em todas”.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

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