No Remo, a palavra-chave é adaptação

Choveu em Belém nas duas semanas em que o elenco do Remo está treinando no Baenão. Para quem é de fora do Estado, não deixa de ser uma novidade. Dos 16 jogadores contratados até aqui, doze terão em 2019 a primeira experiência no futebol paraense e estão tendo contato com o índice pluviométrico da região. Na apresentação do elenco, o técnico azulino deixou bem claro que ficou satisfeito por isso acontecer num dia chuvoso.

“Foi até bom a apresentação acontecer num dia com chuva forte. Disse aos jogadores que eles devem já se acostumar com isso”, comentou João Nasser.

Para cada jogador que chegava e era apresentado, havia uma resposta quase pronta na ponta da língua: as dificuldades terão que ser superadas. “Será uma novidade para mim jogar sempre em campos pesados. A gente tem que se adaptar o quanto antes a essas dificuldades. Jogador não escolhe adversário nem local para jogar”, disse o lateral-direito Geovane, que vem de cinco temporadas seguidas atuando pelo Globo-RN.

“Isso dificulta um pouco sim, mas vai ser desse jeito, então temos que nos acostumar com os campos pesados e, para a gente, que é goleiro, com os gramados lisos”, observou o goleiro Thiago. No retorno do elenco, marcado para hoje, a previsão do tempo pelo site Clima Tempo crava chuvas à tarde e à noite.

Se não há como fugir dessa realidade, a saída é se adaptar o quanto antes e aproveitar a preparação física neste período. “Todos sabem que o primeiro semestre é assim, debaixo de muita chuva e pelo jeito vai ser assim mesmo. Com campo pesado ou não, temos que nos impor nos jogos”, garantiu o atacante Henrique.

“Qualquer lugar que vamos temos que nos adaptar. A chuva atrapalha um pouco, por isso a preparação física tem sido tão forte para podermos nos sair bem no campeonato”, completou o meia Diogo Sodré.

Para o volante gaúcho Róbson, a experiência em um futebol mais voltado para a parte física pode lhe ajudar nesse momento. “No Sul a gente também joga em campos muito pesados, por isso o campeonato também é voltado mais para a parte física, com mais contato. Então, quanto a isso, não será nenhuma novidade ou problema para mim”, afirma o volante azulino.

PERFIL

Força física é diferencial para futuros reforços

Ainda à procura de até quatro reforços, entre eles pelo menos dois centroavantes, a diretoria azulina espera fechar o elenco até essa semana. Hoje é a reapresentação do elenco depois da folga de Natal.

A partir de amanhã, dia 27, são esperados em Belém os quatro já contratados que ainda não iniciaram os treinamentos: os zagueiros Fredson e Rafael Jensen, o meia paraguaio Eduardo Echeverría e o atacante Wallacer. Dentre os que devem ainda ser contratados, o perfil físico está muito bem delineado pela diretoria.

Por conta do Parazão sob fortes chuvas e da necessidade de buscar o acesso para a Série B do Brasileiro, quem vier tem que ter boa força física para aguentar os desafios. Foi o que explicou o diretor de futebol Dirson Medeiros.

“Procuramos jogadores nesse perfil, com boa média de altura e fortes fisicamente. Quem quer subir tem que ter jogadores com esse perfil”. Mas a parte física não é a única grande característica procurada, garantiu o executivo Luciano Mancha. “O primeiro critério é a qualidade. Não adianta nada conhecer nosso futebol e não ter boa qualidade técnica”, disse.

(Tylon Maués/Diário do Pará)