Ultramaratona deve reunir 120 pessoas pelas ruas do centro de Belém

Ao todo 120 pessoas, entre profissionais e amadores, estarão pelas ruas da capital paraense participando da 2ª Ultramaratona Célio Lobato no próximo sábado, dia 15. Serão 50 quilômetros com largada e chegada em frente à academia Companhia Belém, na rua Municipalidade, 489, no bairro do Reduto. Será a culminância de um ano de treinos dos corredores da cidade.

Como se trata de uma prova especial, as inscrições foram voltadas apenas a quem já treina corrida, seja profissional ou não, e que tenha no currículo a participação em ao menos duas maratonas oficiais de 42.195 mil. As vagas já foram esgotadas para as nove horas de prova, no perído de 4h às 13h.“Esse é o tempo máximo de uma prova como essa. Mais do que isso os competidores serão desclassificados. Os principais corredores terminarão próximo a três horas. Esse tempo é mais a quem vai apenas participar e não concorrer às colocações principais. Essas pessoas são orientadas a andar em vários momentos para dosar as forças”, explica Célio Lobato, coordenador do evento.

Lobato, de 52 anos, é ultramaratonista e educador físico com 20 anos de experiência no trabalho de corridas. Nos últimos oito anos, sua atividade foi voltada basicamente a esse esporte, justamente quando houve um boom na cidade, com pessoas em busca das corridas para se condicionarem fisicamente.O termo ultramaratona serve para identificar todas as corridas que tenham uma distância superior aos 42.195 metros. Além da distância da prova, utiliza-se um segundo critério na definição de ultramaratona, que é o tempo. Existem, por exemplo, provas de 6, 12, 24 ou 48 horas.

Lobato explica alguns cuidados que devem ser seguidos por quem for participar da prova. Além da já citada experiência, ele afirma que todos terão uma mochila ou cinto de hidratação para que seja levado um kit de alimentação e hidratação. “Quem não comer não aguenta”, diz. “Cada competidor levará na mochila água ou bebidas isotônicas, além de frutas ou gel de carboidratos. Além disso, a prova terá postos de apoio onde todos poderão recompor seus mantimentos. Quem for terminando a prova terá direito a um café da manhã parar repor as forças”, comenta o organizador.

Em 2017, a corrida teve sentido Belém-Mosqueiro e 100 competidores. Dessa vez, para ajudar na logística e facilitar o auxílio aos competidores, o percurso será somente por ruas do centro de Belém. “A dificuldade é a mesma para quem vai correr, mas haverá uma estrutura melhor para quem for participar e trabalhar”, garante Lobato.

O ‘BOOM’ DAS CORRIDAS

- Formado em Educação Física pela Universidade Estadual do Pará e com mestrado em “Bases Fisiológicas do Treinamento Desportivo” pela Universidade de Austin, no estado norte-americano do Texas, Célio Lobato tem visto um crescimento progressivo da procura pelas corridas de rua como forma de condicionamento físico.

- “É um esporte relativamente barato. “Além disso, as pessoas querem sair das quatro paredes. Isso leva à procura pelas ruas e à prática esportiva. Mas é preciso que se saiba o que está fazendo. Não adianta simplesmente correr”, diz Lobato.

- Com alunos dos 16 aos 78 anos, Lobato explica que não há limitações para quem quiser buscar manter a saúde e a forma física, desde que respeitados os limites de casa um. Exames prévios são necessários, assim como treinos específicos para se aprender as técnicas de corridas.

- “Não se pode queimar etapas, até para se evitar lesões. O que mais acontece é aparecer pessoas que acham que sabem correr e, depois de aprenderem com preparadores físicos ou educadores, se surpreendem de como estavam fazendo tudo errado. Por isso a importância da busca por um profissional”, orienta.

(Tylon Maués/Diário do Pará)