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ESPORTE PARÁ

Leão está sob nova direção e esperanças renovadas

Depois de um longo e complicado período eleitoral no Clube do Remo, no último sábado (10), o capítulo final do pleito transcorreu de maneira bem distinta: sob um clima amistoso não apenas entre os candidatos, mas no meio dos apoiadores dos presidenciáveis

Depois de um longo e complicado período eleitoral no Clube do Remo, no último sábado (10), o capítulo final do pleito transcorreu de maneira bem distinta: sob um clima amistoso não apenas entre os candidatos, mas no meio dos apoiadores dos presidenciáveis que estiveram presentes na sede social da Avenida Nazaré, local da votação.
Dos 2.075 associados aptos a voto, somente 1.196 compareceram para votar e o resultado final foi: com 627 votos, Fábio Osório Bentes, de 41 anos, e Claudio Jorge Castro, foram eleitos presidente e vice-presidente da agremiação, respectivamente, para o biênio 2019/20. Manoel Ribeiro, que tentava a reeleição, foi o segundo colocado, com 329 votos. Marco Antonio Pina, representante de outra ponta da oposição, somou 230.

Embora a declaração oficial tenha ocorrido por volta das 18h15 de sábado, após a análise das duas primeiras urnas, a vitória de Fábio Bentes já era dada como certa. O novo gestor da instituição, aliás, obteve a maioria dos votos em todas as dez urnas disponibilizadas para a eleição.

Ciente de que não engataria um sexto mandato, Manoel Ribeiro, no “sapatinho”, se retirou do local juntamente da sua equipe logo após o resultado parcial da segunda urna. Já o concorrente Marco Antonio Pina, o Magnata, parabenizou a vitória de Bentes e se colocou à disposição do clube. “Eu desejo boa sorte ao Fábio Bentes e dizer que estou disposto a ajudar o Remo. Ganhou quem o associado escolheu e o Fábio merece muito e que ele faça uma boa gestão. Vamos estar aqui torcendo e, se formos acionados, ajudaremos o Remo. Afinal de contas é o Clube do Remo, não é o clube do Fábio, do Magnata ou do Manoel Ribeiro”.

Profissional da área de marketing e publicidade, especializado em gestão esportiva e marketing de futebol, Fábio Osório Bentes, além de ter quebrado uma hegemonia no clube e ser o mais novo cartola eleito pela instituição desde que a votação passou a ser definida de maneira direta, a partir de 2014, é apontado como o precursor em termos de modernidade para gerir o Remo, devido à sua postura flexível de ideias e propostas de gerência.

Nas suas primeiras palavras como agora líder do Conselho Diretor (Codir), Fábio reiterou as diretrizes do seu plano de gestão e mirou alguns pontos fundamentais. “Agora é esquecer tudo isso e pensar no futuro. O Remo tem muitos desafios pela frente e, nesse momento, peço aos amigos que desarmem o palanque e venham somar conosco. Vamos honrar todos os compromissos assumidos em campanha e trabalhar para termos R$ 1 milhão para iniciar a jornada de 2019. Já temos aonde buscar. As perspectivas são as melhores possíveis. Já temos o planejamento para 2019 e uma das novidades que podemos adiantar é que o Netão será o nosso treinador”, disse.

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Expectativa é por união entre todos os setores do clube

Com a definição de Fábio Bentes como novo presidente azulino, mesmo com a frustração pela não conquista de seus candidatos, os torcedores azulinos, simpáticos a outros concorrentes, presente no ginásio Serra Freire, não se limitaram a parabenizar e desejar sorte ao novo presidente. A torcedora Ângela Dias, partidária da chapa 10, destacou a necessidade da união azulina. “Tínhamos a nossa preferência, mas isso não impede de desejar coisas positivas e uma excelente gestão. Somos todos Remo e, como torcedora, sabemos o quanto isso é importante para nós”, salientou. Para Douglas Lima, adepto da chapa 30, não há mais distinção de torcedores. “É uma democracia e isso faz parte. Por isso o respeito ao nosso novo presidente e que ele cumpra as promessas e nos ajude a dar a volta por cima”, disse.

Um dos motivos que levou a vitória de Fábio Bentes, como apontou os torcedores no sábado (10), foi a péssima gestão realizada pelo biênio passado. Com poucas conquistas, internamente e externamente, foi a partir desse ponto que os seguidores da chapa 20 optaram por uma inovação. “Era preciso mudar, mas não apenas por mudar. Foi preciso algo grande e vimos nele (Fábio) isso. Temos que acompanhar e cobrar, agora, pois não podemos nos acomodar”, adiantou a torcedora Fernanda Cunha.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

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