A dolorosa campanha do Paysandu no Campeonato Brasileiro da Série B, que aos poucos encaminha a equipe ao rebaixamento, contou com um fator determinante para a possível queda à Série C 2019: o péssimo rendimento como visitante. Além de não fazer o seu papel em casa, fora, os bicolores possuem uma das piores campanhas longe do Estado.
Em 16 partidas realizadas até aqui, o time manteve uma regularidade nada agradável, com nove derrotas, seis empates e uma única vitória, sendo ela na primeira rodada da competição. Por isso, se quiser calar os críticos de plantão e afastar o descenso, o grupo precisará triunfar em todas as três partidas que terá longe do seu quintal, sendo a primeira amanhã à noite, diante do Vila Nova-GO.
Porém, enquanto o Papão não se impõe longe de casa, com apenas 18% de aproveitamento, no seu quintal, o Tigre é o oposto. Em 16 jogos foram sete triunfos, com oito empates e uma única derrota, com rendimento superior a 60% e a sexta melhor campanha em casa dentre todos as agremiações do certame.
A situação como visitante do Paysandu só não é pior que a do Boa Esporte-MG, que soma uma derrota a mais.
Um detalhe interessante nisso tudo é que, matematicamente e com algumas combinações, se vencer todos os compromissos que fará nos caldeirões dos rivais, poderá se salvar com a somatória de nove pontos. Ou seja, a mesma somatória de pontos que conquistou em toda a participação como visitante ao longo da competição.
RIVAL
Como foi dito pelo volante Renato Augusto ao longo da semana, que exemplificou a crescente do maior rival, o Remo, de fato, os bicolores podem tirar como lição as atuações azulinas, já que o tradicional adversário garantiu a permanência na Série C justamente nos cinco jogos finais. “Temos sempre que confiar no nosso trabalho”, disse. (M.M.)
(Foto: Jorge Luiz/ASCOM Paysandu)
TIME BLINDADO
Embora o técnico João Brigatti não tenha se pronunciado sobre o assunto, o time do Paysandu, ao que tudo indica, seguiu, no final da tarde de ontem, escalado para enfrentar o Vila Nova-GO, amanhã, às 19h15, no estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Os bicolores realizaram, ontem pela manhã, na Curuzu, o último treino em Belém. A preparação da equipe, no entanto, só será encerrada hoje, com uma movimentação no Centro de Treinamento do Goiás-GO. A atividade está prevista para o período da tarde, quando Brigatti deverá fazer os ajustes finais no grupo que mandará a campo.
Como já se tornou praxe, o treino dos bicolores não pôde ser acompanhado pela imprensa. Os repórteres só tiveram livre acesso as imediações do gramado até o aquecimento dos atletas. Durante as primeiras atividades do elenco, Brigatti aproveitou o comando do preparador Fred Pozzebon para conversar com o anotador de resultados Cadu Furtado e outras pessoas ligadas ao clube. Como vem acontecendo às vésperas das partidas do time, Brigatti não compareceu à sala de imprensa.
Apesar do silêncio do treinador, é provável a volta do lateral-esquerdo Guilherme Santos ao time, assim como a escalação do zagueiro Fernando Timbó. O primeiro cumpriu suspensão de uma partida diante do Coritiba-PR por ter sido expulso diante do Fortaleza-CE, após aplicar um soco no jogador Dodô, do time adversário. Santos deverá retomar a condição de titular, mandando de volta para o banco de reservas Diego Matos.
A outra mudança prevista, pelo menos teoricamente, ocorrerá no miolo de zaga, esta por necessidade. O capitão Diego Ivo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, cumprirá suspensão, com o zagueiro Fernando Timbó devendo compor a dupla de zaga ao lado de Perema.
Outra mudança que poderá ocorrer no time bicolor é no setor de meio de campo. Willyam corre o risco de perder a condição de titular para o retorno de Nando Carandina, que formaria a trinca de volantes da equipe com Felipe Guedes e Renato Augusto.
(Foto: Jorge Luiz/ASCOM Paysandu)
Cair é ruim pro clube e pro currículo
Cobrados pelos torcedores do clube, que estão, no mínimo, céticos quanto à permanência do Paysandu na Série B em 2019, os jogadores bicolores seguiram viagem, ontem, com destino a Goiânia para o jogo de amanhã, contra o Vila Nova-GO, conscientes de que a queda do time não traria prejuízos apenas para a instituição alviazul. Os próprios jogadores sabem que o rebaixamento à divisão inferior pode macular o currículo de cada um dos atletas do elenco e até mesmo dos membros da comissão técnica.
O zagueiro Perema, por exemplo, admite que a queda seria bastante prejudicial aos profissionais do clube. “Cair para Série C é uma mancha no currículo de cada um e ninguém quer isso. Então é se empenhar ao máximo nos cinco jogos que restam, para que a gente possa vencer o mais rápido possível”, apontou o defensor.
(Diário do Pará e Nildo Lima)
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