Nando Carandina transfere título pra Belém para poder exercer sua cidadania

Em tempos de intolerância política, encontrar um cidadão que queria exercer seu direito ao voto é singular, principalmente para aqueles que não tem essa “obrigação”. Muitos brasileiros estão longe do seu domicílio, porém mesmo assim pode votar, com a opção de transferência de título eleitoral ou voto em transito.

No primeiro turno das eleições, mais de 20% de eleitores não votaram, ou seja, quase 30 milhões de pessoas absteram do voto, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para o trabalhador que muitas vezes está longe da sua escola eleitoral fica difícil exercer a cidadania, porém, muitas pessoas fazem questão de exercer seu direito. É o caso do meia bicolor Nando Carandina. O jogador transferiu seu título eleitoral para Belém, onde mora desde 2017.

“Eu penso que todos devem votar, é um dever de cada cidadão, independente da escolha que cada um tome. Por isso sempre procuro ter meu candidato para votar e assumir esse meu papel de cidadão”, analisou Nando. No primeiro turno, o TSE computou ainda mais quase 3% de votos brancos, o que totaliza mais de 3 milhões de pessoas, e mais de 6% de votos nulos, mais de 7 milhões de brasileiros.

“Sou uma pessoa que não tenho tanto conhecimento político, mas é um direito e vejo como dever definirmos em quem votar, sempre tentando procurar informações sobre tal”, acrescentou o meia.

No primeiro turno das eleições, o Paysandu realizou uma movimentação pela manhã, para que no período da tarde os atletas pudessem votar ou justificar o voto. “Eu sempre votei, sempre estive em minha cidade natal em dia de eleição. Pela primeira vez estou longe e pelo fato de ser uma eleição onde é necessário a biometria, transferir meu título para cá. Como disse é um dever meu votar e independente do meu voto, respeito a escolha de qualquer um”, finalizou.

(Bruna Dias/DOL)