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ESPORTE PARÁ

Jogador inglês detona Paysandu e Belém em jornal espanhol

Quando estava em Belém, Ryan sempre chamava atenção pela sua falta de utilização no Paysandu, além de vida ativa nas redes sociais. Após deixar o clube, ele passou a ser personagens de diversas matérias de futebol na imprensa nacional. Porém, agora, o jor

Quando estava em Belém, Ryan sempre chamava atenção pela sua falta de utilização no Paysandu, além de vida ativa nas redes sociais. Após deixar o clube, ele passou a ser personagens de diversas matérias de futebol na imprensa nacional. Porém, agora, o jornal esportivo espanhol "Marca" deu um destaque diferente para a vida do jogador no período que ele esteve em Belém. A matéria, cujo título é “Ryan Williams, o inglês que jogou em uma das cidades mais perigosas do mundo”, já mostra o que iremos encontrar no texto.

A reportagem deixa para escanteio a atuação do profissional dentro das quatro linhas e destaca os relatos de Ryan sobre a falta de organização bicolor, além das dificuldades sobre viver em Belém, incluindo a insegurança e da falta de infraestrutura, como um wi-fi de qualidade. "É difícil descrever uma cidade que você não sabe como comparar com nada", explica o jogador.

Ao chegar em Belém, Ryan diz que recebeu muitos conselhos, entre eles: tomar cuidado com a violência. "Fui aconselhado a não sair de casa quando o sol se punha", disse, acrescentando que presenciou várias tentativas de roubo. "Havia pessoas com muitas deficiências na rua, com os braços quebrados, por exemplo, implorando por ajuda porque não tinham acesso a serviços médicos."

“Uma vez que ele estava no carro com um parceiro, um menino veio até a janela para tentar nos vender frutas, e meu amigo lhe deu dois ingressos para ver o Paysandu. O menino começou a chorar. Uma entrada custa cerca de seis euros ", acrescentou.

A experiência negativa em Belém não para por aí. Com dificuldade para se socializar, Ryan passou a ficar mais em casa e sair apenas para treinar. Ele dividia apartamento com Fernando Timbó. O jogador o lateral conhecia o inglês desde os tempos de Ottawa Fury.

"Teria sido muito difícil morar sozinho. Se já é complicado organizar as coisas no Brasil, foi ainda mais sem conhecer português. Eu nunca teria dirigido para lá, era tudo maluco, não sei como não tivemos um acidente. As vezes, em algumas ruas, mesmo que houvesse duas pistas, você via quatro carros circulando", diz Williams. Ou seja, o transito caótico ainda tirava a paciência do inglês, que enfrentou ainda problemas com a internet.

"Em duas ocasiões, o Wi-Fi saiu de casa por três dias, e não foi como na Inglaterra, em que você pode ir ao café e já tem (internet). No Brasil, para encontrar algo assim, talvez você tenha que dirigir por vários quilômetros. Me senti muito só, isso me ajudou a apreciar tudo o que temos aqui ”.

Parece pouco? Pois ai, Ryan traçou um paralelo sobre as dificuldades da vida fora de campo e as enfrentadas profissionalmente, uma delas foi a falta de organização do Paysandu.

"O que me incomodou foi o aspecto organizacional. Cheguei e pensei em jogar no sábado, mas aí eles perceberam que eu precisava de um visto para trabalhar no Brasil. Por que não me disseram antes de eu chegar? Eu precisava de uma certidão de nascimento, minha mãe mandou e não havia foto, mas eu tive apenas um dia quando me disseram isso! Tivemos que devolvê-la para ter uma assinatura certificada. Então, minha mãe mandou tudo de volta, eu tive que ir para a Argentina para sair do país e voltar da fronteira. Seis semanas se passaram e eu estava começando a ficar com raiva. Tudo o que poderia dar errado estava errado. O plano era jogar de fevereiro a abril, mas já estávamos em abril. Então mudamos o contrato até junho", relatou o atleta.

Em contrapartida, Ryan era o queridinho dos torcedores, mesmo se envolvendo em polêmicas ao gravar vídeos com palavras em português que ele não sabia o significado. "Quando a minha contratação foi anunciada, percebi que ia gerar muito impacto porque o meu Instagram explodiu, eu tinha cerca de 10.000 novos seguidores brasileiros em menos de um mês, apenas no primeiro dia recebi 300 ou 400 pedidos de mensagens privadas. 400 comentários em apenas alguns dias. Eles são muito ativos em redes e a próxima coisa que eu comecei a ver foram muitas mensagens em português que eu não tinha ideia do que eles estavam dizendo. "

"Estreei em uma partida contra o São Bento, quando perdíamos por 1 a 0 e faltavam 20 minutos", lembra Williams. "Eu me saí muito bem, conseguimos empatar, participei da jogada do gol e nas estatísticas eu fui um dos melhores. Eu sabia que havia empolgação e tirei a pressão, e na TV eles fizeram um pequeno vídeo da minha estreia. A partir daquele momento tudo seria melhor, mas eu não joguei novamente".

Após a estreia, as coisas não foram como ele pensou. "Semanas depois, tomei a decisão, se eu não jogasse no próximo jogo, eu ia dizer a eles que queria ir, e não joguei, mas no dia anterior fui falar com o diretor de esportes, comecei a receber mensagens nas minhas redes sociais dizendo ‘parabéns, Ryan’. Eles estavam me parabenizando, por que eles me parabenizaram? Eles me renovaram sem me contar! Imagine como seria a conversa com o clube, eles queriam me oferecer mais dinheiro e levei duas semanas para sair. Eu me lembro do dia exato, foi a Espanha-Portugal da Copa do Mundo e eu fui para o escritório, eu disse a eles que não sairia até que eu tivesse uma passagem de volta para a Inglaterra, mas eles me disseram que explicariam a saída por motivos pessoais, já que os fãs não entenderiam que eu saísse assim de repente, e foi assim, colocamos razões pessoais em meus motivos de adeus", explicou.

Ryan Williams deixou o futebol brasileiro no final de junho para retornar à Inglaterra. "Que eles não me entendem mal, eles são pessoas amáveis e eles me amaram muito, em nossas festas havia 40.000 pessoas. No Brasil, sob cada pedra há um jogador de futebol de classe mundial", diz ele.

(Com informações do Marca)

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