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Leia a 'Crônicas da Bola' desta quinta-feira (09): Com a cabeça no mundo da lua

A palavra que tem marcado o Paysandu até aqui na Série B é oscilação. Um bom começo, a queda de rendimento, o gás renovado com a chegada de um novo treinador e uma puxada para a realidade com a goleada sofrida para a Ponte Preta. O que vem a seguir? Depen

A palavra que tem marcado o Paysandu até aqui na Série B é oscilação. Um bom começo, a queda de rendimento, o gás renovado com a chegada de um novo treinador e uma puxada para a realidade com a goleada sofrida para a Ponte Preta. O que vem a seguir? Depende de como os jogadores vão encarar o próprio potencial. Porque é óbvio que este está ali, latente. Quando consegue desenvolvê-lo fica nítido que o time bicolor deveria estar brigando pela parte de cima da tabela; mas os frequentes apagões podem causar danos irreversíveis nas pretensões do clube na temporada. É preciso atacar o problema e não ignorá-lo ou tratá-lo como casualidade, um acidente.

Vejam bem, essa oscilação não é uma oscilação normal, quando o time encadeia jogos bons, outros razoáveis e tem seus dias ruins também. No Paysandu é oito ou oitenta. Boas atuações lado a lado com partidas absolutamente ridículas. A chave para entender as razões dessa gangorra diabólica passa muito mais pelo aspecto psicológico do que pela qualidade dos jogadores ou o trabalho do técnico. Acreditem, se em vez de Guilherme Alves tivesse assumido o time aquele sabichão distribuidor de coletes da pelada da sua rua, o resultado seria o mesmo. Ânimo renovado por alguns jogos e aí… “Quem é a bola mesmo?”.

Alves chegou à Curuzu com uma avaliação certeira, de que precisaria recuperar o moral dos seus jogadores para fazê-los jogar bem. Pensou ter conseguido após uma boa sequência. Agora, sabe que o buraco é mais embaixo. A diretoria tem que ajudá-lo nesse processo, pois, embora tenha passado a sua vida nos vestiários e saiba a linguagem dos boleiros, é óbvio que o grupo requer um trabalho mais especializado. Palestras, tratamentos individualizados, não sei. Algo precisa ser feito. E o torcedor do Papão pode até achar que isso é frescura, que os caras ganham bem demais e têm mais que fazer o trabalho deles. Mas o fato é: você quer correr o risco?

E nem pense que vaiar, esbravejar, como na última terça-feira, terá algum efeito prático. Nos últimos anos, o time bicolor não tem respondido bem à pressão da sua torcida. Basta lembrar que por vezes o Paysandu abriu mão da Curuzu e foi jogar no Mangueirão para escapar do efeito reverso do seu caldeirão. Isso sem contar que o time chegou a ir melhor em jogos fora do que dentro de casa. Nesta temporada, a oscilação não permite que seja traçado sequer um panorama. Claro que é difícil para uma torcida abraçar o seu time quando mau futebol e resultados adversos são a tônica. Por mais que Guilherme Alves abra os treinos para trazer a Fiel para a causa, é impossível fugir do velho ditado: “treino é treino, jogo é jogo”.

O Paysandu tem uma equipe, no mínimo, do mesmo nível dos demais participantes da Série B. Jogadores como Thomaz e Carmona, por exemplo, poderiam compor elenco de grandes clubes da Série A, sem dúvida. Os valores da base, como Willyam, Diego e Calbergue têm muito futuro. Fora os reforços que ainda vão estrear ou pegar ritmo de jogo. Repito, não reside aí o motivo para o time não engrenar. Para cessar com a desconfiança da torcida e brigar pela elite, o discurso tem que ser outro: motivacional/psicológico. Fortalecer a fundação para crescer mais adiante. Caso contrário, uma posição intermediária na tabela é o máximo que poderá ser almejado. Torcendo, claro, para que os apagões não se tornem regra. Melhor nem pensar nisso.

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