Após duas vitórias consecutivas em 2018, Lyoto Machida se despediu do Ultimate Fighting Championship (UFC). O carateca assinou com o Bellator, que é a segunda maior organização de MMA.
O Dragão venceu o americano Erik Anders, na luta principal do UFC Belém, em fevereiro, e em maio, passou por Vitor Belfort no UFC Rio 9. Sobre a renovação com o UFC, a organização perdeu o lutador para o Bellator, que fez uma proposta superior. Assim, aos 40 anos, o lutador encerrou 11 anos de história no UFC.
A luta de estreia no Bellator ainda não tem data, mas o desejo de ser campeão permanece em Lyoto.
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Confira a entrevista exclusiva de Machida para o DOL:
Você vem de duas vitórias no UFC, mas mesmo assim mudou de organização. Por que o contrato com o UFC não foi renovado?
Realmente. Estou em um momento importante, voltei a vencer e acredito que essa nova fase me possibilitou fazer a transição para o Bellator. O período de renovação passou e fui conversar com eles para conhecer melhor a organização e conversar sobre um possível contrato. Dei minha palavra que lutaria nesta casa, quando o UFC fez a sua proposta já tinha um acordo de palavra.
Qual a perspectiva no Bellator?
Minha perspectiva é fazer boas lutas, quero fazer confrontos que fiquem marcados para os fãs. Também quero voltar a ser campeão e mostrar que podemos conquistar o que quisermos com dedicação e disciplina.
Você já desistiu do UFC? Ainda sonha com um cinturão na organização?
Estou levando essa vontade de ser campeão para a nova casa onde vou atuar. Não é uma desistência, é uma mudança, o começo de um novo ciclo.
Gegard Mousasi tem questionado você abertamente, inclusive chegou a pedir exame antidoping caso ocorra uma luta entre vocês. O que tens a dizer sobre as afirmativas dele de que você estava escorregadio?
O tema dopping é uma página virada para mim, já falei sobre todo meu aprendizado com a questão. Cada lutador tem sua própria estratégia de atuação dentro da organização. Essa é a dele, mas não é a minha.
Para o Bellator, você sonha com uma luta em Belém? No UFC Belém você foi abraçado pela torcida...
O primeiro sonho é que a possamos ter um evento no Brasil, já que a organização ainda não trouxe ele ao vivo para os brasileiros acompanharem. Acredito que o grande objetivo é fazer esse evento se tornar ainda maior e mais relevante e com isso, podemos sonhar com uma luta em Belém. Fico muito grato por saber que trouxe uma influência positiva para o povo de Belém em relação às artes marciais, já que essa terra me acolheu tão bem e me viu crescer no esporte. Acredito que por meio desse esporte é possível ensinar e aprender muito. Acredito que não só a performance em si, mas a minha trajetória como um todo, a forma como eu lido com meus adversários e o respeito que tenho pelo próximo fazem parte do que aprendi nessa terra.
Já tem luta marcada para o Bellator?
Ainda não. Estamos aguardando as novidades da organização. Inicialmente conversamos de fazer uma luta ainda esse ano.
Agora tem você e o Chinzo no Bellator, o mundo se rendeu ao estilo Machida? Como você enxerga a referência do estilo de vocês no mundo?
Acredito que nosso trabalho e nossa dedicação em mostrar o karatê que herdamos do nosso pai conseguiu colocar o estilo em evidência, acredito que ainda vamos ver muito da nossa forma de lutar outros atletas, hoje inclusive ensinamos parte do que aprendemos em nossas academias. É um caminho longo.
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(Bruna Dias/DOL)
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