Rallye do Sol enche de adrenalina o final das férias de julho

A paixão pelo automobilismo e a adrenalina foram os principais combustíveis para os mais de 200 competidores que participaram do Rallye do Sol, no último sábado (28). Por caminhos que cortaram 40 localidades – dentre municípios, fazendas e vilarejos rurais – os condutores de carros, motocicletas e quadriciclos se aventuraram por igarapés, mato, lama, pontes e estradas de terra batida.

Um verdadeiro show de direção com manobras espetaculares, que arrancaram aplausos de quem esperou pela passagem dos veículos em pontos estratégicos.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

O evento já faz parte do calendário de veraneio no Pará há 25 anos e desta vez contou com o apoio da RBA TV e DIÁRIO DO PARÁ. O ponto de partida do rally foi o Posto Marajó, localizado a margem da rodovia BR-316, em Benevides, bem no trevo de acesso a Mosqueiro, Região Metropolitana de Belém.

O sol ainda nem tinha nascido quando os competidores começaram a chegar com os seus veículos “envenenados” e preparados para percorrer, em sete horas e meia, o percurso de 350 quilômetros.

EXPERIÊNCIA

O ranger dos motores e o ensaio de manobras acrobáticas de motociclistas eram apenas um teste para verificar se as máquinas estavam mesmo afiadas. Checar o navegador e o GPS (equipamentos obrigatórios e indispensáveis para os competidores) também foi fundamental para saber se estava tudo certo para a aventura.Iniciante no rally, o estudante Vinicius Barbosa, de 18 anos, fez uma série de adaptações em sua motocicleta.

No capacete atracou sua câmera gopro para filmar o percurso e registrar a aventura. “Eu comprei a moto exclusivamente para o rally. Quero ganhar experiência este ano e na próxima edição ter a certeza de ganhar”, comentou.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

Experiente no rally do sol, o advogado Thyago Veloso, 32 , disse que o evento deste ano foi um pouco diferente. “Este ano o clima está seco, passaremos por menos igarapés”, comentou ele, que em 2016 conquistou o 1º lugar na modalidade quadriciclo. No ano passado foi o terceiro colocado.

O percurso de quadriciclos e de carro foi o mesmo. Já a trilha que os motociclistas enfrentaram foi um pouco diferente. “É importante para evitar o risco de atropelamentos e diminuir o risco de acidentes”, frisou o coordenador do rally, Antônio Neto.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

Prova vira uma festa para comunidades

Na comunidade de João Novo, no distrito de Americano, em Santa Izabel, os motoqueiros tinha que cruzar um igarapé e cruzar caminhos por dentro da mata. Em Igarapé-Açú, nordeste paraense, os participantes foram recebidos com festa e lanches.

Os moradores da comunidade assistiram as passagens dos veículos, os acidentes e ajudaram alguns participantes a desatolar. “É o terceiro ano em que o rally passa por aqui. A gente se reúne e é uma festa, né?”, comentava Adriana Martins, de 24 anos. “A gente torce para que eles acertem passar, mas também gostamos de ver quando alguns caem”, brincou a expectadora.

O roteiro do rally foi elaborado por Jânio Matsunaga, que participa de rallys há 12 anos – sendo 5 deles como competidores. “Os percursos foram traçados de junho para cá”, frisou. “Percorremos os caminhos, verificamos as velocidades em que os veículos iriam ter que alcançar em cada trecho”, pontuou Jânio. Aspectos ecológicos, descobertas e novas paisagens também foram importantes para determinar as trilhas.

(Denilson D’Almeida/Diário do Pará)