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ESPORTE PARÁ

Re-Pa: hoje é dia de soltar o grito de campeão

A Liga dos Campeões da Europa, sem dúvida, é um dos maiores torneios de futebol do planeta. Poucas são as agremiações que ostentam o título da competição, tornando-a, assim, ainda mais prestigiada. Por estarem situadas em continentes diferentes, Clube do

A Liga dos Campeões da Europa, sem dúvida, é um dos maiores torneios de futebol do planeta. Poucas são as agremiações que ostentam o título da competição, tornando-a, assim, ainda mais prestigiada. Por estarem situadas em continentes diferentes, Clube do Remo e Paysandu não têm chance de participar da competição, no entanto, a partir das 16h de hoje, no estádio Mangueirão, em Belém, em confronto válido pela grande decisão do Campeonato Paraense, uma das equipes poderá ter um ponto em comum com os vencedores do torneio europeu: a “orelhuda”. Sim, a taça do estadual é claramente inspirada na Champions e, apesar do contraste das competições, motivos não faltam para que a final de hoje se equipare ao grande espetáculo do futebol do Velho Continente.

Com o triunfo por 2 a 1 na partida de ida, conquistado na semana passada, o Clube do Remo tem a vantagem de jogar pelo empate para se sagrar campeão. Todavia, a comissão técnica da equipe, ao lado dos jogadores, ignora tal beneficio, até para não criar falso favoritismo. Mas, baseado no retrospecto das últimas decisões em Re-Pa pelo Estadual, em jogos de ida e volta, desde 2001, as equipes que saíram na frente no embate inicial, terminaram suas participações na primeira colocação do certame. Inclusive, uma nova vitória sobre os bicolores alcançaria marca estabelecida em 1992, ano em que o Papão aplicou quatro triunfos consecutivos sobre o rival.

Sem euforia, contudo, os atletas enxergam esses fatores como motivadores para o duelo de logo mais. “A gente prefere ficar calado, né? Isso é bom porque nos mostra a grandeza desse clube. Nos motiva, mas não vai ser fácil, a gente sabe disso. É sem oba-oba, os favoritos sempre foram eles. Estamos aqui treinando, caladinhos, mas é ir para cima na busca desse título, porque nós sabemos que ele vai ser muito importante para a nossa trajetória no decorrer da temporada. É procurar fazer o que estamos feito que temos tudo para sair de campo com vitorioso”, comentou o centroavante Isac.

Mas, assim como os azulinos contam com certas estatísticas a seu favor, os alvicelestes também têm no que se inspirar. Conhecido por ser o time da virada, o Paysandu pretende reafirmar o seu poder de reação hoje, para apagar as três derrotas sofridas nesse ano para o Leão. Por isso, a exemplo da sua caminhada da Série B de 2017, ocasião em que foi a equipe que mais conseguiu reverter o placar ao longo da competição, os bicolores acreditam que esse é o momento certo para triunfar.

Desse modo, os profissionais do Papão esperam honrar a camisa e entrar para a história do time com a conquista do Estadual. “A gente assistiu aos DVD’s dessa equipe, dos momentos do time. Nós também queremos marcar a nossa passagem aqui, que é um time grande e de tradição. É entrar em campo focado na virada, porque ainda não tem nada definido. Esperamos fazer boa partida e conquistar esse campeonato”, destacou o meio-campista Danilo Pires.

Hora de honrar a camisa 10

O meio-campista diz que não foge das responsabilidades e afirma que vai entrar com tudo para fazer uma grande partida (Foto: Wagner Santana)

Apesar do investimento feito pelo departamento de futebol do Clube do Remo na montagem do plantel para essa temporada, sobretudo no miolo central da equipe, o setor de criação, mesmo com a evolução do grupo nessa reta final do Estadual, é o único que ainda não deu uma resposta satisfatória em campo, de acordo com a torcida. Não à toa, quatro atletas foram testados na função de articulador: Andrey, Jefferson Recife, Rodriguinho e Adenilson.

O último, inclusive, foi o beneficiado pela estratégia da continuidade para ocupar a camisa 10, e ser o principal responsável pela fomentação de jogadas pra o setor ofensivo. Mas, embora tenha consolidado vaga na onzena titular, o profissional ainda não exibiu o potencial que apresentou no Fortaleza-CE, em 2017, pelos lados azulinos, dando margem para incertezas.

Para o meia, as cobranças são normais em qualquer ambiente de trabalho. Contudo, acredita estar desempenhando o seu melhor. “A torcida sempre quer o melhor. Isso é normal. Sei da minha qualidade, e procuro sempre ajudar. Consegui fazer alguns gols na temporada. Aos poucos as coisas vão acontecer, porque trabalho muito para isso acontecer”, disse o jogador.

Hoje, o seu concorrente direto pela titularidade é Rodriguinho, jogador que ficou em evidência após o belo gol que deu a vitória ao Leão, por 2 a 1, no Re-Pa passado. E baseado nesse caso, Adenilson acredita que pode fazer seu nome na partida de hoje, que vale o título do Estadual. “É um jogo de cada vez. Temos esse exemplo, ele (Rodriguinho) foi muito feliz e nos ajudou a vencer. É aproveitar esses momentos, cara. Sou homem e não fujo das responsabilidades, espero honrar essa instituição sempre, e se Deus quiser fazer um bom jogo”, destacou.

Vestindo a mesma camisa que foi usada por ídolos do Fenômeno Azul, como Artur Oliveira, Gian e, recentemente, Eduardo Ramos, Adenilson destaca a responsabilidade que tem e almeja construir uma bela história no Remo. “Não é só aqui, na minha antiga equipe eu era cobrado. E isso é normal em uma equipe de massa. Confio no meu potencial para defender esse time. Espero guardar bons momentos aqui e ser uma referência para a nossa torcida”, pontuou Adenilson.

Ele pode fazer a diferença!

O atacante bicolor pode virar de vez o xodó da Fiel se for bem - e decisivo - neste Re-Pa (Foto: Fernando Torres/Paysandu)

Nem um outro dos jogadores do Paysandu tem a rodagem e experiência em grandes decisões do que o atacante Walter, de 28 anos. O pernambucano nascido em Recife, poderá representar o ponto de desequilíbrio em favor do Papão na grande final de hoje. Mesmo fora de forma, com o peso acima do normal, como reconhece o próprio atacante, ele tem se constituído em uma espécie de referência na equipe bicolor, desde que passou a ser utilizado pelo técnico Dado Cavalcanti com mais efetividade. No Re-Pa passado, o primeiro em que ele atuou nos 90 minutos, o jogador deu assistência aos companheiros e teve pelo menos duas chances de gol.

O atacante disse ter sentido um “friozinho na barriga” ao participar de seu primeiro Re-Pa, ainda pela fase classificatória do Parazão, quando entrou no segundo tempo da partida em que o Papão caiu por 1 a 0. “Aqui é igual quando joguei no Inter, mais forte do que em Goiânia, um peso muito grande como no Rio de Janeiro”, conta. O atacante afirma ter se identificado com a torcida bicolor. “A torcida aqui é louca. Você vai ao shopping e ela cobra você, já estavam me cobrando sem eu tivesse jogado”, observa. “Sinto-me bem em um lugar assim, gosto de ser cobrado, ver a torcida junto comigo”, revela.

Walter, que já passou pelo Internacional-RS, Fluminense-RJ, Cruzeiro-MG, Goiás-GO e Atlético-PR, entre outras equipes, é calejado em grandes clássicos, tendo encarado o Atletiba, o Fla-Flu e o Grenal, para ficar só nesses. O Re-Pa agora faz parte da lista de grandes confrontos no currículo do artilheiro.

E por falar em gol, o atacante só marcou até aqui três gols pelo Papão em 11 partidas pelo clube. A baixa produtividade, porém, tem uma justificativa. Somando todas essas partidas, o jogador atuou em apenas 567 minutos, uma diferença de 423 minutos caso tivesse atuado nos 90 minutos de todos os jogos.

Como são em grandes decisões que o talento dos maiores goleadores costumam aflorar, é permitido à Fiel sonhar com a explosão definitiva de Walter no Re-Pa decisivo, o que poderá o consagrar e justificar de vez a sua contratação, como o maior investimento do clube bicolor para a temporada 2018.

Nas passagens do atleta pelo futebol de Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, o atacante pôde comprovar sua eficiência em partidas decisivas, conquistando os campeonatos dos três estados, atuando pelo Goiás Atlético e Internacional, respectivamente.


(Matheus Miranda e Nildo Lima/Diário do Pará)

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