Mercado da bola está difícil para o Leão

O departamento de futebol do Clube do Remo procura novos jogadores. Os dirigentes, no entanto, estão com dificuldades na hora do concretizar os acordos. Os atletas que despertaram interesse, sobretudo por parte do treinador Givanildo Oliveira, estão no aguardo do encerramento do Campeonato Paulista, local de onde deverá vir a grande maioria dos reforços, para decidir a situação. A demora na conclusão dos negócios já preocupa o comandante azulino, pelo fato de não possuir peças suficiente de reposição no plantel, a exemplo da partida de amanhã, contra o Cametá.

“O Remo está encontrando uma dificuldade muito grande de contratação. Essa semana a gente reuniu duas vezes, mais de duas horas de conversa e está encontrado dificuldade. Primeiro pelos valores que se encontra. No momento, o Remo se encontra em um limite e não pode estar pagando além disso. Mas a gente está procurando pra ver se consegue trazer para o regional. Domingo temos que ir na raça até onde der, porque com a redução que temos, vai ter que ser raça em boa parte do jogo”, explicou Giva.

Embora conte com ao menos três profissionais ainda para o Parazão, o Leão precisará correr contra o tempo, uma vez que a data limite de inscrição para o Estadual se encerra na próxima segunda-feira (19). Entre os motivos para a negativa por parte dos jogadores, está o fato de o Remo disputar a Série C, algo “bobo”, de acordo com Givanildo. “Pode ser que aconteça pelo menos uns dois (contratados até a data limite), mas é como eu respondi: está difícil. Eu tenho participado, tenho procurado amigos, certo? Mas na verdade é a parte financeira. E muitos jogadores querem Série B. Se não me engano, essa é a terceira ou quarta vez que trabalho na Série C. Não tem dessa, (se sou atleta) eu vou. Agora, se me chamasse pra trabalhar na segunda divisão do estadual, aí meu amigo, eu não vou nunca. Com o currículo que eu tenho? Mas é isso”, destacou o treinador do Remo.

NOVE DESFALQUES PARA AMANHÃ

Na partida de amanhã contra o Cametá, pela última rodada da primeira fase, o Clube do Remo não contará com nove opções para reposição ao longo da partida, entre os quais, a grande maioria segue impossibilitada por questões físicas. A priori, mesmo não improvisando, o treinador Givanildo Oliveira terá de mudar o esquema tático, justamente pela ausência de atletas. Dessa maneira, os jogadores que entrarão em campo, sabendo da limitação no banco, afirmam que jogarão com raça e, ao mesmo tempo, conscientes.

“Infelizmente o professor perdeu algumas opções para o DM. Essa semana foi bem corrida, e alguns companheiros acabaram sentindo muito. Agora cabe a nós honrar o grupo e representar todos. Vamos jogar a todo o momento para vencer, mas com calma para que não aconteçam novas lesões”, disse o volante Dudu.

Mesmo jogando pela vitória, para garantir de vez a liderança no grupo A2, os atletas sabem que o fator psicológico é importante, já que as circunstâncias do jogo são favoráveis para os azulinos. “É pé no chão, sem pressa. O time deles está abalado, diferente do nosso. É se encontrar em campo, procurar fazer o que estamos fazendo e ouvir os conselhos do professor. Acredito em um belo jogo e somar mais três pontos e a liderança do nosso grupo”, avisou o meio-campista Adenilson.

(Matheus Miranda)