Giva quer a cobiçada taça do Parazão

Na madrugada de ontem, em Los Angeles (EUA), o filme “A Forma da Água” conquistava algumas estatuetas do Oscar, entre elas, o de melhor filme. Horas antes, em Marabá, no estádio Zinho Oliveira, embora distante do glamour americano, mas com o mesmo frisson, o Clube do Remo alcançou a sua primeira vitória fora de casa no Estadual, sob a batuta de Givanildo Oliveira.

Apesar do curto tempo disponível para mexer de fato na equipe, contudo, é possível apontar algumas mudanças que o Leão teve desde a contratação do treinador. Dessa maneira, assim como a água, os azulinos, que já apresentaram várias formas em campo, parecem que estão prestes a assumir o estado sólido de vez, nessa reta final de Campeonato Paraense.

Os últimos jogos do Clube do Remo exibiram dois pontos que até então não vinham sendo vistos pelos torcedores: organização tática e jogadas trabalhas para conclusão em gol. Os dois fatores, evidentemente, ainda carecem de mais capricho, todavia, o avanço em tais fundamentos transforma e tem garantido compactação ao grupo.

Diante do Independente e do Águia, por exemplo, o Leão marcou quatro tentos e sofreu apenas um. Givanildo Oliveira destacou a vitória como ponto de partida em seu primeiro jogo à frente da comissão técnica, agora, para o resto da semana, garantiu deixar o plantel conforme suas características. “O importante foi a vitória. Ainda não tive muito tempo para mudar muita coisa lá, já que no sábado, um dia antes do jogo, o trabalho é recreativo. Vamos ter a semana livre para colocar a equipe da minha maneira de jogar e fazer as coisas irem. Vou avaliar bem antes de fazer qualquer coisa”, disse.

MUDANÇAS

Apesar da base encontrada na equipe, até seis mudanças devem ocorrer no time titular antes do encerramento do Parazão, três de imediato. Isso porque Givanildo já indicou peças de reposição para os dirigentes, com ênfase no setor de meio-campo e defesa. “A lista foi feita. De imediato, precisamos de um zagueiro, um meio-campo e um atacante. Um homem na parte de trás e um na criação são prioridades nesse momento. Mas são essas as posições”, adiantou.

Temporada 2018: As formas do Leão em campo

- Água: em suas primeiras apresentações, o Clube do Remo, como uma onda, demostrou ímpeto de vitória, sobretudo em jogos em casa, a exemplo das partidas diante do Bragantino, Águia e Paysandu. Contudo, foi só o time atuar como visitante para ficar volúvel e seguir contra a corrente, exibindo instabilidade, o que culminou com a demissão de Ney da Matta do posto de treinador.

- Gás: antes da demissão de Ney da Matta, porém, em tentativa de encaixar um padrão tático na equipe, o treinador oscilou em más e boas atuações, principalmente nas Copas do Brasil e Verde. Enquanto no torneio nacional o time demostrou uma faísca de um possível alento, no regional ratificou que tudo não passou de uma cortina de fumaça, perdendo, acumulando dupla eliminação e, posteriormente, a liderança do Estadual.

- Sólido: ainda é cedo para afirmar que o Leão entrou nos eixos, mas, baseado nos dois últimos desempenhos da equipe, o grupo passou uma boa imagem. A presença de Givanildo e os conceitos de Netão ajudaram nessa melhora. O clássico de domingo (11) será o ponto chave para saber se o time realmente está mesmo mais consistente ou não.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)