‘O Remo teve uma vontade maior’, diz Marquinhos Santos

O técnico Marquinhos Santos foi, no mínimo, coerente ao analisar a vitória do Remo, ontem, no Mangueirão. O treinador admitiu na coletiva à imprensa que o adversário foi melhor e, portanto, fez por merecer o triunfo.

“O Remo se encaixou melhor na proposta de jogo e teve méritos para vencer o clássico”, afirmou o treinador. “O Remo teve uma vontade maior que nosso time de vencer a partida. Acabamos sendo encurralados taticamente pelo adversário no segundo tempo”, emendou. O comandante do Papão reconheceu que as condições pesadas do gramado atrapalharam a equipe listrada, embora não tenha, na visão dele, sido a causa única da derrota.

“Não pode servir como muleta, mas uma equipe mais técnica, como a nossa, acaba tendo dificuldade num gramado como o de hoje (ontem). Então tivemos, sim, essa dificuldade”, salientou o treinador, que reclamou de um suposto pênalti não marcado. Na visão dele, o árbitro deixou de marcar em cima do volante Cáceres, logo no começo do segundo tempo. “Foi um pênalti claro, no meu entendimento, e que acabou nos prejudicando”, afirmou.

tempo, o Remo foi favorecido nesse tipo de campo. Tivemos uma queda não só física, mas também mental”, disse. “O campo foi, na verdade, totalmente prejudicial ao clássico e acabou favorecendo o Remo”, completou.

LIÇÕES

O comandante do Papão afirmou ter tirado lições em sua estreia no duelo com o rival azulino. “Foi meu primeiro Re-Pa. Nesse clássico não se joga, se vence”, disse. “Tínhamos de duelar mais do que duelamos. E aí o Remo, com muito mais capacidade, conseguiu chegar à vitória com méritos”, analisou.

Bicolores lamentam falhas e condicionamento

Entre os jogadores do Paysandu, o clima no vestiário do time era de abatimento. O zagueiro Derlan, que entrou no posto de Diego Ivo, lesionado, admitiu que o Papão cometeu erros e foi prejudicado pelo aspecto físico. “Cometemos algumas falhas e, no final, acabamos pagando por isso. Ainda não estamos no melhor condicionamento físico”, declarou. O atacante Cassiano, por sua vez, tentou minimizar o tropeço “O campeonato está só no início. Estamos no quarto jogo. Faz parte.

Uma hora isso teria de acontecer. Agora é levantar a cabeça e procurar corrigir o que houve de errado hoje para que essas falhas não voltem a ocorrer em nossos próximos jogos”, disse

(Nildo Lima/Diário do Pará)