Desempenho do Paysandu teve como principal fator o condicionamento físico

O zagueiro Diego Ivo voltou a brilhar com a camisa do Paysandu. Se tem algum jogador no time bicolor que não pode ser responsabilizado pela derrota bicolor no primeiro Re-Pa do ano, este não pode ser o atleta.

O defensor fez mais que sua parte em campo. Não bastasse não perder uma só jogada que disputou, ele ainda foi lá na frente, como já havia feito em dois jogos da Série B do Brasileiro de 2017, e mandou a bola pra rede. Mas aí, Ivo sentiu uma lesão e teve de deixar o campo antes do final da primeira etapa, vencida por 1 a 0 pelos bicolores.

A saída de Diego Ivo, no entanto, não pode ser apontada como a causa principal da derrota do Papão. Derlan, que entrou no lugar do titular, conseguiu substituir o companheiro à altura.

O que mais prejudicou o Papão, sem dúvida, foi o condicionamento físico. O time, que foi o último a começar a se preparar para o campeonato, por conta do calendário apertado, acabou sentindo as condições do gramado, bastante pesado, devido à chuva e, assim, exigindo um esforço físico maior por parte dos times.

Nem mesmo a escalação adotada pelo técnico Marquinhos Santos pode ser responsabilizada pelo revés. Qualquer torcedor bicolor que tenha assistido aos três jogos anteriores do time, dificilmente contestaria a composição da equipe. “O Campo foi mesmo o fator determinante para a nossa derrota”, admitiu, acertadamente, o treinador bicolor.

CONDICIONAMENTO

Os minutos finais do Re-Pa foram um retrato claro do condicionamento físico aquém do Papão para a disputa de um clássico, ainda mais em um gramado como o do Mangueirão, ontem.

Com exceção das seguidas bolas mal recolocadas em jogo pelo goleiro Marcão e a falha de Perema no lance do gol da vitória remista, no geral, o tropeço bicolor pode ser pulverizado entre os jogadores do time como um todo. Isso por que o condicionamento físico do grupo não é ainda o ideal, com todos os jogadores estando no mesmo nível atlético.

(Nildo Lima/Diário do Pará)