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ESPORTE PARÁ

Carlos Eduardo Vilaça: Estaduais - Um caso de amor e ódio

Racionalmente, não vejo mais espaço para a disputa dos campeonatos estaduais no Brasil. A maioria dos jogos não dá público e o nível técnico é sofrível. Os grandes clubes do país não levam a sério e, alguns deles, sequer mandam suas equipes principais a c

Racionalmente, não vejo mais espaço para a disputa dos campeonatos estaduais no Brasil. A maioria dos jogos não dá público e o nível técnico é sofrível. Os grandes clubes do país não levam a sério e, alguns deles, sequer mandam suas equipes principais a campo. Fora os regulamentos esdrúxulos elaborados pelas federações. A medida que impede a presença de duas torcidas em clássicos, revelando a incompetência dos órgãos responsáveis em garantir a segurança do torcedor, é a cereja desse bolo difícil de ser digerido.

O ideal, já disse neste espaço certa vez, seria a criação de mais divisões nacionais, com calendário de fevereiro a novembro para, no mínimo, 120 equipes brasileiras (seis divisões, 20 clubes em cada uma). Quem não estiver nestas disputas, aí sim, participaria, sob o status de time semi-profissional, dos estaduais no primeiro semestre, com os melhores se classificando para divisões regionais no segundo semestre (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste). Os campeões de cada regional subiriam no ano seguinte à última divisão nacional (5 times cairiam nesse caso).

Mas, claro, isso em um mundo em que o futebol fosse tratado com a devida importância. Não é o caso do Brasil, em que a endinheirada CBF ainda quer rachar com os clubes os custos da implantação do árbitro de vídeo. Imaginem se irão falar sobre a criação de novas divisões...

O que nos traz de volta à realidade: a existência dos estaduais. É um fato que provavelmente não sofrerá mudança significativa nos próximos anos. Só vejo então uma saída: esquecer o racional e apelar para o emocional, para a nossa memória afetiva, a tradição que tais campeonatos evocam, as rivalidades regionais... Pode dar certo também, afinal, não faltam elementos que poderiam deixar os estaduais mais interessantes: chamar a galera (o povão mesmo, aquele que nos grandes centros está sendo expurgado dos estádios), fazer com que os próprios clubes façam dele uma prioridade no início da temporada (premiações maiores, regras para que sejam utilizados times titulares...), fazer um plano de marketing eficiente, pensar em um calendário bacana, que não coincida com outros torneios. Enfim, falta dar aos estaduais uma importância histórica, que eles têm, mas que foi esquecida por todos com o tempo.

Olhando para dentro de casa, como é bom ver os jogos de Remo e Paysandu no Parazão com ingressos esgotados na primeira rodada. É uma exceção, óbvio, estamos falando de dois titãs. Teremos jogos deficitários. Mas é um alento (apesar do descaso da Seel com o nosso principal palco esportivo, o Mangueirão). Que as nossas equipes continuem cativando o torcedor e façam de tudo para que compareçam ao estádio. O futebol só é o que é, por causa deles. E já que o estadual ainda sobrevive, que seja utilizado, pelo menos, para estreitar ou renovar os laços entre o clube e os seus apaixonados. Já é uma boa razão de se

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